Londres pede contenção a palestinos e israelenses para evitar mais violência

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2014 13h35

Londres, 8 jul (EFE).- O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, condenou nesta terça-feira o lançamento de foguetes contra Israel desde Gaza e pediu que ambas as partes em conflito se “contenham” para evitar uma escalada da violência.

Em comunicado, o ministro expressa sua “profunda preocupação” pelo aumento das hostilidades nos últimos dias na Faixa de Gaza e no sul de Israel.

Hague pede “ao Hamas e a outros grupos de militantes que detenham os ataques” com foguetes e ressalta que “o povo de Israel tem direito a viver sem um temor constante por sua segurança”.

O ministro também afirma que, igualmente, “o povo de Gaza tem direito a viver em paz”.

“Ambas as partes devem fazer o máximo para atuar com contenção e evitar a perda de vida inocente”, diz o chefe da diplomacia britânica na nota.

Hague lembra que os governos palestino e israelense “têm a responsabilidade de respeitar plenamente o cessar-fogo de novembro de 2012 e abordar as causas subjacentes do conflito e a instabilidade em Gaza”.

“Uma perigosa escalada não interessa a ninguém e seria muito daninha para as perspectivas do processo de paz no Oriente Médio”,disse.

O gabinete de segurança israelense decidiu hoje chamar para as fileiras 40 mil reservistas em preparação para uma possível incursão por terra na Faixa de Gaza como parte da ofensiva iniciada ontem, segundo informaram meios de comunicação locais.

Israel iniciou ontem uma nova operação militar contra Gaza cujos objetivos, segundo disse, são frear o lançamento de foguetes desde a Faixa e bater no Hamas, que é considerado responsável pelo assassinato de três estudantes israelenses desaparecidos em 12 de junho na Cisjordânia ocupada.

Desde então, milicianos palestinos lançaram desde Gaza cerca de 300 foguetes contra o sul de israel, que causaram ferimentos de estilhaços em três soldados.

Nos bombardeios israelenses morreram desde ontem à noite 11 palestinos, seis deles milicianos e cinco civis, entre os quais há dois menores, e 40 pessoas ficaram feridas, de acordo com fontes sanitárias. EFE

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