Lucro da Vale aumenta 12,5% em 2014

São Paulo, 26 fev (EFE).- Maior exportadora de minério de ferro do mundo, a mineradora Vale obteve lucro líquido de US$ 657 milhões em 2014, número 12,5% superior ao do ano anterior, apesar da queda do preço das matérias-primas, segundo informou nesta quinta-feira a companhia.

A alta em 2014 contrasta com a queda de 89,2% nos lucros em 2013, quando a empresa teve um resultado positivo de US$ 584 milhões, em comparação aos US$ 5,454 bilhões de 2012.

O resultado anual teve a contribuição do recorde de produção da Vale no último trimestre de 2014, a redução de despesas e a manutenção da política de venda de ativos não estratégicos, segundo o balanço.

No quarto trimestre de 2014, a empresa teve perdas no valor de US$ 1,849 bilhão, frente ao balanço negativo de US$ 1,437 bilhão dos três meses anteriores e o prejuízo de US$ 6,451 bilhões do último trimestre de 2013.

O faturamento bruto da empresa em 2014 foi de US$ 38,236 bilhões de dólares, 19,4% a menos em relação a 2013 (US$ 47,486 bilhões).

No último trimestre do ano passado, o faturamento se manteve praticamente estável, com US$ 9,226 bilhões, frente ao trimestre anterior, mas 30,4% inferior ao dos últimos quatro meses de 2013 (US$ 13,273 bilhões).

O lucro antes de juros, impostos, desvalorização e amortização, medido pelo indicador Ebitda ajustado, foi de US$ 13,353 bilhões em 2014, frente aos US$ 22,56 bilhões do ano anterior.

De outubro a dezembro, o Ebtida se situou em US$ 2,187 bilhões, 67% a menos que no último trimestre de 2013.

“O ano de 2014 foi muito difícil devido à queda acentuada há cinco anos das matérias-primas, mas mostra a capacidade da Vale de enfrentar esse cenário”, afirmou o diretor-executivo de Finanças da Vale, Luciano Siani, em um vídeo dirigido aos investidores.

Siani também ressaltou que os recordes de produção de minério de ferro, de carvão e ouro em 2014, assim como o melhor resultado de produção de níquel desde 2008, ajudaram a enfrentar a queda do preço do minério de ferro em uma média de 28% entre 2013 e 2014. EFE