Maduro agradece ao papa por mensagem “perfeita” enviada à Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2014 17h23

Caracas, 28 fev (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, agradeceu nesta sexta-feira a mensagem que o papa Francisco enviou ao seu país pedindo o fim da violência e a reconciliação.

“Sua mensagem à Venezuela é perfeita, eu convido todos os presentes nesta mesa de trabalho para que leiam e que o processem cada palavra, cada frase”, disse Maduro ao liderar uma reunião da Conferência pela Paz, que foi iniciada na quarta-feira e à qual convocou a todos os setores do país.

O papa Francisco expressou no dia 26 de fevereiro sua preocupação pela situação na Venezuela, onde desde 12 de fevereiro ocorrem protestos nos quais já morreram 17 pessoas e mais de 200 ficaram feridas, e fez uma chamada para a cessação da violência no país e que a reconciliação seja favorecida através do diálogo.

“Sigo com particular apreensão do que está ocorrendo nestes dias na Venezuela, peço que cessem o mais rápido possível com a violência e com as hostilidades e sobretudo que o povo venezuelano, a partir dos políticos e das instituições, cheguem à reconciliação”, disse em sua carta Francisco.

Maduro afirmou que a mensagem do papa é “extraordinária” e apontou que “seguramente” foi pensada “por ele mesmo e pelo secretário de Estado (do Vaticano) Pietro Parolín que tanto conhecemos”, disse ao se referir de quem fora núncio na Venezuela até meados do ano passado.

“Acho que o papa enviou uma mensagem de boa fé para nossa pátria e a acolhemos plenamente, sem rodeios”, disse. Maduro ainda comentou que o mesmo ocorre com as mensagens de paz enviadas “pelos irmãos” judeus, muçulmanos e cristãos evangélicos.

“Eu sigo insistindo no espiritual”, comentou durante a reunião, à qual também esteve presente o novo núncio apostólico na Venezuela, Aldo Giordano, e a quem pediu que transmitisse sua mensagem de agradecimento ao papa.

Francisco recebeu em junho do ano passado ao presidente, Nicolás Maduro, e seis meses depois esteve com o líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles. EFE

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