Maduro pede à Unasul um “escudo protetor para evitar agressões”

  • Por Agencia EFE
  • 04/02/2015 23h09
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Caracas, 4 fev (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quarta-feira ao secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) que estabeleçam um “escudo protetor” ao redor de seu país para “evitar agressões”.

Em declarações aos jornalistas após a reunião que teve em Caracas com Samper, Maduro disse que repassou ao responsável da Unasul “dados, informações, algumas muito confidenciais” de “elementos muito preocupantes” e pronunciamentos de porta-vozes do Pentágono e do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“Pedi ajuda para que (o presidente dos EUA, Barack) Obama detenha as agressões, ameaças e pronunciamentos que vão contra a convivência e o respeito”, afirmou Maduro.

Por sua vez, o dirigente de Unasul disse que escutou “com a maior atenção os comentários, as informações e as reflexões formuladas pelo presidente Maduro sobre as atuais circunstâncias externas e internas que atravessa o país”.

“Como é meu dever, vou transmitir ao conselho de chanceleres estas inquietações, são eles os indicados a tomar as ações e a expedir as recomendações que considerem do caso”, acrescentou.

Nesta quarta-feira, Maduro já havia pedido para Obama “retificar” e “parar a loucura do governo dos EUA” contra seu país e “deter a tempo esse plano de golpe de estado, de destruição da Venezuela”.

O presidente fez o pedido em um discurso durante o ato de celebração do 23º aniversário da tentativa de golpe de Estado liderada pelo falecido presidente Hugo Chávez e reiterou as denúncias feitas nos últimos dias sobre a suposta intenção dos EUA de derrubá-lo.

Maduro também criticou o diretor da Agência de Inteligência do Departamento de Defesa americano, Vincent Stewart, que recentemente divulgou um relatório no qual prevê uma nova onda de protestos na Venezuela.

O presidente venezuelano qualificou o relatório como “declaração degradante” e disse que o que Stewart “fez foi ler um roteiro de guerra suja contra a Venezuela”. EFE

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