Mais de 100 insurgentes morrem em operações do Exército no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 16/06/2015 12h26

Cabul, 16 jun (EFE).- Pelo menos 109 supostos insurgentes morreram -entre eles um governador talibã, o terceiro nos últimos cinco dias-, e 96 ficaram feridos em operações do Exército no Afeganistão, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

As ofensivas ocorreram em 10 das 34 províncias afegãs durante as últimas 24 horas, e “a maioria dos militantes morreram em bombardeios e por disparos de artilharia”, precisou o Ministério da Defesa afegão em comunicado.

O governador talibã da província nordeste de Badakhshan, Maulawi Amanuddin, faleceu ontem em um dos bombardeios no distrito de Juram.

“Era o primeiro comandante dos talibãs e dirigia todas as operações contra as forças de segurança em Badakhshan”, disse à Agência Efe o porta-voz do governador provincial, Ahmad Naveed Frotan.

Amanuddin é o terceiro governador talibã abatido nos últimos cinco dias, após a morte no sábado – por um bombardeio de um drone americano – do responsável por este papel na província de Kunar, e na sexta-feira do responsável em Nangarhar, no leste do país, que foi morto por homens armados no vizinho Paquistão, segundo os serviços secretos afegãos (NDS).

O porta-voz dos insurgentes, Zabihullah Mujahid, confirmou em comunicado esta morte no Paquistão, mas negou as outras duas em Kunar e Badakhshan e assegurou que estes governadores “estão vivos e despenhando suas funções”.

Os talibãs tomaram o controle de mais de 12 distritos afegãos em províncias como Badakhshan desde que em abril lançaram a ofensiva de primavera.

A Otan pôs ponto final em 2014 a sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, substituída desde janeiro por uma operação com 4 mil soldados em tarefas de assistência e capacitação, e que será seguida de outra liderada por civis, mas com um componente militar.

Os Estados Unidos manterão desdobrados 9,8 mil militares até o final de ano como parte de sua missão “antiterrorista” no Afeganistão, depois que o presidente americano, Barack Obama, ordenou o arrefecimento da saída das tropas desse país prevista inicialmente para este mesmo ano. EFE

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