Mais de 150 crianças-soldado são libertadas por milícia de R.Centro-Africana

  • Por Agencia EFE
  • 28/08/2015 14h18

Genebra, 28 ago (EFE).- A ONU informou nesta sexta- que 163 crianças-soldado, que incluiam cinco meninas, recrutados pela milícia denominada Anti-Balaka, da República Centro-Africana, foram libertadas hoje e começaram a receber atendimento médico e psicossocial.

Com esta e outras libertações registradas nas últimas semanas já são 645 as crianças que se livraram do controle de diferentes grupos armados que coexistem no país.

Estima-se que entre seis mil e dez mil crianças ingressaram em facções armadas na República Centro-Africana desde 2013, quando as milícias cristãs Anti-Balaka pegaram em armas contra o ex-grupo rebelde Seleka, de maioria muçulmana e que tinha tomado o poder pelas armas.

Embora a violência tenha diminuído graças a um acordo para o fim das hostilidades, a República Centro-Africana ainda sofre as consequências desse conflito sectário.

A primeira libertação de crianças-soldado ocorreu há três meses, foram 357 crianças liberadas graças a um acordo alcançado entre os líderes dos grupos armados, que se comprometeram a libertar todos os menores que tivessem em suas fileiras, como parte dos esforços em favor da paz e da reconciliação.

A entrega de hoje foi facilitada pela Agência da ONU para a Infância (Unicef) e a Missão das Nações Unidas na República Centro- Africana (Minusca),

“Esperamos ver mais centenas de crianças serem libertados antes do fim deste ano”, disse o enviado do Unicef ao ato de liberação de hoje, Mohammed Malick Fall.

Às crianças serão submetidas a exames médicos, terão entrevistas com assistentes sociais e depois serão levados a um centro de transição onde receberão apoio para retomar os estudos.

Paralelamente, os organismos que as assistem tentam localizar suas famílias para reuni-las.

Cerca de 5 milhões de pessoas foram afetadas pelo conflito armado de 2013-2014, meio milhão ainda estão refugiadas nos países vizinhos e 370 mil enfrentaram deslocamento forçado dentro do país. EFE

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