Margallo: Espanha pode ser “grande parceiro” do Irã na UE, A.Latina e África

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2015 04h38
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Teerã, 7 set (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, afirmou nesta segunda-feira que o Irã pode ser “um grande parceiro” para a Espanha no Oriente Médio e este um “grande parceiro” para o país na União Europeia, América Latina e no norte da África.

“Estamos desejando trabalhar juntos, caminhar juntos”, ressaltou García-Margallo, de viagem oficial ao Irã junto com ministros de Fomento, Ana Pastor; e Indústria, José Manuel Soria, durante a inauguração de um ato empresarial na Câmara de Comércio, Indústria e Minas (Iccima), com empresários espanhóis e iranianos.

O chefe da diplomacia espanhola explicou que as empresas espanholas praticam “a teoria da excelência e do rigor” e que chegam à República Islâmica “para ficar”.

“O melhor está por vir, se nos abre um futuro no qual eu tenho uma enorme esperança”, garantiu o ministro, em referência ao acordo nuclear assinado no dia 14 de julho entre Irã e o Grupo 5+1 (EUA, França, China, Rússia, Reino Unido e Alemanha).

García-Margallo destacou que a presença de três ministros espanhóis, 61 empresários e os meios de comunicação “dão ideia da importância que o governo e o povo espanhol dão às relações com o Irã”.

Ele apontou que a influência do Irã e da Espanha vai além de suas fronteiras geográficas. “O Irã pode ser um grande parceiro para a Espanha no Oriente Médio e a Espanha pode ser um grande parceiro para o Irã na UE, na América Latina e no norte da África”, acrescentou.

“Nos tempos mais duros da disputa iraniana, a Espanha sendo fiel às obrigações contraídas com os parceiros da UE, apostou sempre no diálogo, na diplomacia e na solução dos conflitos”, acrescentou.

Por isso, lembrou o titular das Relações Exteriores, o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, foi um dos primeiros líderes ocidentais a se reunir com o presidente iraniano, Hassan Rohani, em setembro de 2013 em Nova York.

Lembrou, além disso, de sua visita ao Irã em março de 2014, que teve que encurtar por causa da crise ucraniana, e a viagem do ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, a Madri em abril deste ano, o primeiro país ocidental que visitava após o acordo.

Ele ressaltou que a Espanha fez todo o possível para conseguir esse acordo nuclear e garantiu que, desde o Conselho de Segurança da ONU e como presidente do comitê 1737 encarregado de vigiar as sanções ao Irã, seguirá desde essa “posição privilegiada” o processo apostando no diálogo, na colaboração e no entendimento entre os dois países.

“Contam no governo espanhol com o melhor embaixador que podem ter em Nova York, em Bruxelas e na UE”, destacou.

Após reconhecer que as relações econômicas diminuíram pelas sanções ao Irã, disse que “há muito espaço e pouco tempo para recuperá-las”.

Explicou a saída da crise da Espanha e o programa de reformas realizado pelo governo de Rajoy e se referiu às “forças intrínsecas que tornam especialmente atrativa a Espanha”, a quarta maior economia da zona do euro. EFE

bal/ma

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