Marina Silva critica Dilma por não assinar compromisso de desmatamento

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h24
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Rio de Janeiro, 23 set (EFE).- A ecologista Marina Silva criticou a presidente Dilma Rousseff por não assinar o compromisso de reduzir o desmatamento assinado nesta terça-feira por 32 países na Cúpula do Clima de Nova York.

“O Brasil é um dos maiores países em (área de) floresta, com cerca de 60% de seu território coberto por florestas e não assinou a carta para a proteção das florestas, o que é lamentável”, disse Marina aos jornalistas, durante um ato de campanha em Florianópolis.

A declaração foi assinada por 32 países no marco da Cúpula do Clima organizada pelas Nações Unidas e recolhe um compromisso de reduzir pela metade a perda de florestas em 2020 e a detê-la totalmente em 2030.

O documento promete, além disso, recuperar mais de 350 milhões de hectares de terras degradadas a fim de impulsionar a luta contra o aquecimento global.

Em seu discurso na Cúpula do Clima, Dilma disse que “o Brasil não faz promessas, mas mostra resultados”, e relatou os benefícios realizados pelo país na redução do desmatamento na floresta amazônica.

Dilma assinalou que nos últimos dez anos o desmatamento no Brasil “foi reduzido em 79%” desde que foi implantado em 2003 o Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento da Amazônia.

Esse plano foi implantado precisamente durante a gestão de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente (2003-2008), no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar desse ciclo de redução da poda citado por Dilma, o desmatamento aumentou 29% no último ano e se situou em 5.891 quilômetros quadrados de florestas amazônicos, segundo dados oficiais.

Esses dados se referem ao período compreendido entre agosto de 2012 e julho de 2013, meses que assinalam o início e fim do ano pluviométrico na Amazônia, segundo medições por satélite realizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). EFE

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