Médico é preso suspeito de abusar de bebê de 8 meses na Bolívia

  • Por Agencia EFE
  • 17/12/2014 00h28

La Paz, 16 dez (EFE).- A polícia boliviana prendeu um médico suspeito de abusar sexualmente de um bebê de oito meses, que morreu logo depois por causa dos ferimentos internos, informou nesta terça-feira a promotoria.

De acordo com um comunicado, a promotora do departamento de La Paz, Patricia Santos, afirmou que existem “indícios suficientes” sobre a autoria da violência sexual contra o bebê, que vivia em um orfanato de La Paz, onde o médico trabalhava.

A promotora explicou que a autópsia concluiu “que houve coito anal no bebê e que o mesmo foi objeto de abusos sexuais”.

Este caso, ocorrido no dia 13 de novembro, causou comoção na sociedade boliviana e provocou reações no mais alto nível, além de evidenciar a precariedade dos orfanatos e as debilidades da Justiça para esclarecer o caso.

O médico, que foi preso preventivamente, “era o único homem que tinha acesso a todos os ambientes (do orfanato). Nenhuma outra pessoa estranha ou suspeita teve acesso ao lugar, ele conhecia a rotina das cuidadoras das crianças”, relatou a promotora.

O Ministério Público boliviano considera que o detido se aproveitou da ausência de uma das cuidadoras para abusar sexualmente do bebê.

O pequeno Óscar Alexander foi levado no dia 13 de novembro ao Hospital Infantil de La Paz, onde foi reanimado após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Em seguida, foi transferido para outro hospital, pois a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estava saturada.

A morte do bebê aconteceu nesse segundo hospital e a autópsia determinou que a mesma foi causada por hemorragia interna, supostamente provocada por abuso sexual.

Desde que o caso veio à tona, pelo menos 12 pessoas foram detidas, das quais duas estão em uma penitenciária e as outras em prisão domiciliar.

A maioria dos detidos são médicos e outros profissionais de saúde dos dois hospitais que atenderam ao bebê, uma situação que provocou protestos desse setor, que já realizou várias greves para exigir a liberdade de seus companheiros por considerá-los bodes expiatórios.

Sobre essa questão, a promotora garantiu hoje que “o Ministério Público não está realizando nenhuma caça às bruxas com relação aos médicos”. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.