Mentor de estupro coletivo na Paraíba é condenado a 106 anos de prisão

Rio de Janeiro, 25 set (EFE).- Um tribunal de João Pessoa condenou nesta sexta-feira a 106 anos de prisão o líder de um grupo de jovens que estuprou cinco mulheres em uma festa, sendo duas assassinadas porque teriam reconhecido os agressores, informaram fontes judiciais.

Eduardo dos Santos Pereira, o último dos sete acusados ao ser julgado e condenado, foi considerado o mentor do estupro coletivo e dos dois homicídios ocorridos em 2012 em Queimadas, uma pequena cidade da Paraíba.

A condenação foi anunciada hoje pelo titular do 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, Antonio Maroja Limeira Filho, após um julgamento de 19 horas que teve grande repercussão nacional.

Pereira, que planejou os crimes, foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além dos cinco estupros

Os outros seis acusados tinham sido condenados a penas de 26 a 44 anos de prisão, tanto que três menores de idade que faziam parte do grupo foram punidos com medidas disciplinares.

Os crimes ocorreram em 12 de fevereiro de 2012 quando as vítimas participavam de uma festa de aniversário organizada por Pereira em sua residência.

Os demais participantes da festa eram amigos do organizador e sabiam dos planos de Pereira para estuprar as convidadas.

Segundo as vítimas, um grupo de encapuzados invadiu a residência na qual a festa era realizada e fechou as mulheres em um quarto, onde foram estupradas, enquanto supostamente prendia os homens em outro lugar do imóvel.

A professora Isabela Frazão Monteiro, de 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingues da Silva, de 29 anos, foram assassinadas porque descobriram que os estupradores encapuzados eram os demais participantes da festa. EFE