Merkel reafirma que sua política externa continua firme em direção aos EUA

Berlim, 18 jul (EFE).- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, deixou claro nesta sexta-feira que em política externa manterá a fidelidade aos Estados Unidos, seja perante o conflito da Ucrânia ou no Oriente Médio, frente a que na Alemanha a pressionam para assumir uma maior liderança global.

A chanceler fez a declaração no tradicional pronunciamento aos meios de comunicação antes das férias de verão (hemisfério norte).

As dissensões surgidas por causa da espionagem da CIA (agência de inteligência americana) “não vão ser resolvidas tão rapidamente”, admitiu. Mas tais dissonâncias estão muito longe das “profundas diferenças” que atualmente separam Berlim de Moscou.

Merkel reafirmou a posição que manteve em relação à Rússia desde que explodiu o conflito ucraniano e insistiu na necessidade de que o diálogo continue aberto, porque “não há alternativa a uma solução política”.

Fiel a seu estilo, Merkel não quis fazer juízos precipitados em direção a Moscou, embora tenha indicado que há “muitos, muitos indícios” de que o avião malaio acidentado na Ucrânia foi “abatido”.

Perante a grave situação criada, a chanceler pressionou a abertura de uma investigação “independente”, o mais rápido possível.

O pronunciamento aos meios de imprensa serviu como um balanço dos sete meses de gestão da grande coalizão liderada por Merkel, embora a política externa tenha chamado a maior parte da atenção.

Houve pouco espaço para a política interna alemã ou para pronunciamentos sobre seu futuro, recém cumpridos os 60 anos e após cerca de nove anos à frente da maior economia da União Europeia.

Embora neste tipo de pronunciamento costuma se permitir algumas brincadeiras com os meios de imprensa, hoje apareceu a maior parte do tempo com o rosto sério, o que podia ser atribuído à situação na Ucrânia. EFE

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