Ministro do Trabalho diz que manifestações não podem passar dos limites

  • Por Agencia Brasil
  • 03/11/2014 17h05
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O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse hoje (3) que as manifestações populares são importantes e a democracia é exercida também por isso, mas é preciso que não ultrapasse limites, e aquilo que é normal. Ele deu entrevista depois de participar da cerimônia de entrega da certidão de criação da Confederação Nacional dos Servidores Públicos.

“Não podemos estimular o ódio. A oposição tem que fazer seu papel, o governo tem que fazer o seu. O diálogo tem que ser permanente, porque a presidenta é da nação inteira, e as políticas públicas, que ela vai desenvolver e tem desenvolvido, atingem a todos. O sucesso será maior na medida em que tenha maior participação, uma luta do povo nas ruas, reivindicando”, argumentou.

O ministro comentou a manifestação de sábado, em São Paulo, na qual cerca de 1,5 mil participantes, de acordo com a Polícia Militar, pediram intervenção militar e o impeachmentda presidenta Dilma Rousseff.

“Eu, pedindo o regime militar, estou pedindo para não me manifestar mais. É um contrassenso. Isso faz parte, temos que lamentar. Mas a maioria absoluta do país está tranquila, respeita a decisão da maioria. O que é preciso é trabalhadores e empresários se organizarem para ter com o governo um diálogo, no sentido de construção de um modelo de governo e ação que atenda à muita coisa que tem que ser feita”, ressaltou.

Para o ministro Manoel Dias a manifestação não se traduz em rejeição à presidenta, porque ela foi eleita pela maioria do povo. “O povo a quis pelos resultados de seu governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que incluiu 50 milhões de brasileiros na classe média, que deu de comer a 36 milhões de pessoas, gerou 22 milhões de novos empregos”, disse.

Dias considerou que o número de pessoas que participaram do ato é muito pequeno e não expressa a vontade real da população. “Isso, para mim, é despolitização. Na hora que as pessoas pararem para raciocinar, verão que ditadura jamais”. 

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil Edição: Beto Coura

 

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