Ministro grego sugere que governo deve convocar moção de confiança a Tsipras

  • Por Agencia EFE
  • 18/08/2015 09h18

Atenas, 18 ago (EFE).- O ministro de Estado da Grécia, Alekos Flambouraris, se mostrou nesta terça-feira a favor de o governo convocar uma moção de confiança ao primeiro-ministro para que sua política obtenha “um apoio substancial”, depois da divisão interna que a aprovação do terceiro resgate causou no Syriza.

Em entrevista à emissora “Mega”, Flambouraris disse que caso isso aconteça, a moção de confiança a Alexis Tsipras buscaria também o apoio dos membros da coalizão governamental, formada pelo Syriza e os nacionalistas de direita Gregos Independentes.

“Pedimos aos 162 deputados (que formam a coalizão) que apoiem o governo”, disse o ministro, que acrescentou que se isto acontecer “poderemos evitar as eleições (antecipadas)”.

Flambouraris assinalou que o governo “não quer eleições”, mas se for obrigado a recorrer a elas, o fará “tão breve quanto possível” e inclusive avançou que poderia ser “em 25 dias” a partir da convocação.

Segundo ele o voto de 151 deputados (dos 300 da câmara) não pode ser considerado suficiente.

“Ou obtemos uma maioria que leve o país a eleições em três anos e meio ou podemos ter eleições agora para que o povo possa expressar sua opinião”, destacou.

Caso a moção de confiança não prospere, Flambouraris afirmou que seria “pelos deputados de esquerda, que com seu voto fariam cair um governo de esquerda. Isto nunca aconteceu antes”, ressaltou.

Ele fazia referência a alguns deputados que se manifestaram contra a aprovação do resgate e aos membros da Plataforma de Esquerda, a corrente mais radical dentro do Syriza, liderada pelo ex-ministro Panagiotis Lafazanis.

Depois de 44 deputados do Syriza se negarem a votar a favor do resgate na votação parlamentar de sexta-feira, a imprensa local, citando fontes do governo, publicou que Tsipras convocará um voto de confiança depois do dia 20.

Nesse data a Grécia deve receber a primeira parcela do resgate, cerca de 13 bilhões de euros, que serão destinados aos pagamentos mais imediatos, entre eles 3,4 bilhões ao Banco Central Europeu. EFE

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