Ministro venezuelano Jaua assume responsabilidade por arma e detenção de babá

  • Por Agencia EFE
  • 02/11/2014 22h00

Caracas, 2 nov (EFE).- O vice-presidente de Desenvolvimento de Socialismo Territorial da Venezuela, Elías Jaua, assumiu neste domingo a responsabilidade pela detenção no Brasil, durante cinco dias, de Yaneth Anza, babá de sua família, e reconheceu que a bagagem onde uma arma de fogo foi encontrada é sua.

“Diante das autoridades judiciais desse país (Brasil) faço constar que se tratou de um erro involuntário, que a arma era da minha propriedade e que eu assumo a responsabilidade do ocorrido”, disse em comunicado que intitulado “Esclarecimentos ao povo da Venezuela”, divulgado hoje em Caracas.

Mal havia sido iniciada a agenda de trabalho no Brasil a esposa de Jaua teve que ser “hospitalizada com urgência”, por isso necessitou de antecipar seu retorno para acompanhá-la na cirurgia, e voltou à Venezuela em um avião da estatal petrolífera PDVSA, detalhou.

“Igualmente, solicitei o apoio de Yaneth Anza, funcionária da minha estrita confiança para que me auxiliasse com o retorno da minha esposa convalescente e me trouxesse documentos, e a advertindo que tirasse de valise minha arma pessoal, legalmente registrada”, prosseguiu.

Anza não encontrou a arma “e viajou convencida de que não trazia nenhum armamento, mas no aeroporto de Guarulhos uma arma foi detectada autoridades policiais brasileiras”, lembrou.

A babá, de 39 anos, foi liberada em São Paulo na quarta-feira graças a um habeas corpus, depois de passar cinco dias detida. Ela enfrentará em liberdade um processo por tráfico internacional de armas.

“Quero reivindicar o nome de Yaneth Anza quem é uma mulher trabalhadora, inteligente, nobre e honesta, que se integrou de maneira amorosa ao nosso núcleo familiar há 15 anos”, acrescentou Jaua após rejeitar “profundamente as críticas” que disse ter recebido pelo incidente.

“Especialmente assinalo o uso covarde deste tema por parte” do líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles, “o que somente evidencia o desprezo de classe com que os burgueses como ele desprezam as mulheres de nosso povo que trabalham em seus lares”, finalizou Jaua no comunicado. EFE

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