Muçulmanos da França criticam jihadismo para evitar discriminações

  • Por Agencia EFE
  • 26/09/2014 13h37
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Paris, 26 set (EFE).- Organizações representativas dos muçulmanos na França organizaram nesta sexta-feira ações de condenação ao jihadismo, e em particular do assassinato de um refém francês na Argélia.

“Esses criminosos não representam em nada o Islã” porque “o Islã é a paz, o respeito à vida”, ressaltou o presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), Dalil Boubakeur, em discurso perante centenas de pessoas reunidas no exterior da Mesquita de Paris.

Boubakeur destacou que o ato era “uma homenagem a Hervé Gourdel”, o guia de montanha degolado por um grupo filiado do Estado Islâmico (EI) que havia sequestrado o francês no domingo na Cabília, no nordeste da Argélia, e tinha ameaçado matá-lo em 24 horas se a França não abandonasse sua operação militar no Iraque.

O principal responsável do CFCM insistiu que “o Islã proíbe o mal” e “proíbe o assassinato de um inocente”.

Citando o Corão, acrescentou que “matar um homem é como matar toda a humanidade”.

Cerca de mil franceses muçulmanos se vincularam nestes últimos meses com redes de jihadistas que vão lutar na Síria e Iraque, segundo o Ministério do Interior.

A França participa da coalizão militar liderada pelos EUA contra o EI e, desde o último dia 20, participou de bombardeios no Iraque de posições desse grupo, que controla parte do território iraquiano e sírio.

Segundo uma pesquisa do instituto BVA para Orange divulgada hoje, 67% dos franceses apoiam essa intervenção, que por enquanto se limita ao Iraque, por decisão das autoridades francesas. EFE

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