Alemanha deve acolher mais de 1,5 mil refugiados de ilhas gregas
O acordo surgiu depois que as autoridades alemãs divulgaram sua disposição de acolher ‘uma parte substancial’ daquele campo, não apenas os menores de idade que ficaram desabrigados após o incêndio ocorrido há alguns dias
O governo da Alemanha vai propor o acolhimento de outros 1,5 mil refugiados do campo de Moria, na Grécia, a maioria dos quais são famílias com crianças, após um acordo interno firmado entre a chanceler Angela Merkel e o ministro do Interior, Horst Seehofer. O acordo surgiu depois que as autoridades alemãs divulgaram na segunda-feira, 14, sua disposição de acolher “uma parte substancial” daquele campo, não apenas os menores de idade que ficaram desabrigados após o incêndio ocorrido há alguns dias. Segundo a revista alemã “Der Spiegel”, neste acordo, que ainda não oficialmente confirmado, as pessoas que serão acolhidas na Alemanha encontram-se na ilha de Lesbos, onde já foram reconhecidas como necessitando de proteção pelas autoridades gregas.
Na semana passada, o próprio Seehofer anunciou que Alemanha e França concordaram em receber a maior parte de um grupo de 400 menores de Moria; no caso da Alemanha, estima-se que haveria entre 100 e 150 crianças desacompanhadas. Este acordo consiste em que o resto seja transferido para outros oito países da Europa – Finlândia, Luxemburgo, Holanda, Eslovênia, Croácia, Portugal e Bélgica, mais a Suíça, que não pertence à União Europeia – que também o aceitaram. Partidos de oposição e o Partido Social-Democrata (SPD), parceiro de coalizão do bloco conservador de Merkel, criticaram a Alemanha por aceitar apenas o número de menores mencionado por Seehofer na semana passada.
A presidente do SPD, Saskia Esken, pediu ontem o governo para ir além do que foi comprometido, tendo em conta o tamanho da “catástrofe humanitária” em Moria. Vários estados federados vêm se mostrando dispostos a receber mais refugiados de Moria, ao mesmo tempo que também há ofertas das autarquias locais para cuidar dessas pessoas. No passado, o ministro do Interior foi mais duro quando se trata de receber refugiados, e a pressão nos últimos dias tem-se concentrado nele depois do incêndio que deixou cerca de 13 mil pessoas do campo de Moria desabrigadas.
*Com informações da Agência EFE
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