Aliado de Trump, secretário de Segurança dos EUA renuncia antes da posse de Biden

Chad Wolf deveria ajudar na organização do esquema de segurança da cerimônia, que acontecerá no Capitólio e pode ser alvo de novos ataques de grupos de extrema-direita

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2021 15h19
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EFE/EPA/SHAWN THEW Chad Wolf era considerado um dos membros do gabinete mais fiéis a Trump e responsável por executar suas políticas antimigratórias

O secretário interino da Segurança Nacional dos Estados Unidos, Chad Wolf, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 11. O anúncio foi feito cinco dias após a invasão ao Capitólio e nove dias antes da posse do presidente eleito Joe Biden. A expectativa era que Wolf ajudasse a coordenar a segurança do evento em meio às ameaças de violência de alguns grupos de extrema-direita, que apoiam as alegações de fraude eleitoral levantadas por Donald Trump. Em carta obtida pelo jornal norte-americano The New York Times, o ex-secretário interino não menciona os eventos em Washington D.C. no último dia 6, mas explica que a decisão está relacionada a “eventos recentes”, incluindo as “decisões judiciais em andamento e sem mérito sobre a validade de minha autoridade como secretário interino”. “Esses eventos e preocupações servem cada vez mais para desviar a atenção e os recursos do importante trabalho do Departamento neste momento crítico de transição de poder”, acrescentou.

Wolf exercia o cargo de forma interina há 14 meses e será substituído por Peter Gaynor que, no entanto, não participará da organização da segurança da cerimônia de posse de Joe Biden. A função ficará sob responsabilidade do serviço secreto. Em setembro de 2020, um juiz federal levantou a acusação de que o ex-secretário da Segurança Nacional, Kevin McAleenan, violou a ordem do sucessão e não tinha autoridade para colocar Wolf como secretário interino. Na ocasião, a acusação serviu para invalidar uma suspensão das proteções concedidas à imigrantes levados aos Estados Unidos ainda crianças. Wolf é apontado como um dos funcionários do gabinete mais leais à Trump, apesar de ter emitido um comunicado na semana passada pedindo que o presidente condenasse a invasão ao Capitólio.

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