Após polêmica, Indonésia para de aplicar ‘teste de virgindade’ em candidatas ao Exército
Por pelo menos três anos, forças militares afirmavam que exame de toque para encontrar hímen das candidatas determinava moralidade das recrutas
O comandante-chefe do Exército da Indonésia, Andika Perkasa, afirmou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 11, que o país não administra mais os testes de virgindade que eram feitos em candidatas mulheres que queriam entrar na corporação. “A análise de se o hímen estava parcialmente ou totalmente rompido fazia parte do exame, agora não há mais nada disso”, afirmou o general, ao explicar que, agora, o processo seletivo de homens e mulheres passa a ser igual. A mudança foi feita após a organização internacional Human Rights Watch chamar a atenção do país asiático em pelo menos três anos diferentes: 2014, 2015 e 2017 com base em conversas com mais de 100 oficiais que passaram pelo constrangimento, que era feito de forma manual por um médico.
Antes de mudar o processo seletivo das mulheres, o Exército chegou a justificar que os exames de virgindade eram uma forma de comprovar a moralidade das candidatas que entravam nas forças armadas. Na ocasião, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou contra o método afirmando que ele não tem qualquer validade científica e não é um indicador confiável de que alguém teve relações sexuais. Apesar do avanço, a marinha do país continua a administrar testes de gravidez em mulheres. A justificativa deles é de que os exames são feitos para checar cistos e “outras complicações que podem impedir as recrutas de servirem”.
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