OMS vai testar 3 novos tratamentos para hospitalizados com Covid-19

Segundo organização, medicamentos foram escolhidos por painel de especialistas; um deles é usado para casos graves da malária e outro para câncer

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2021 10h39 - Atualizado em 11/08/2021 11h31
EFE/EPA/JAKUB KACZMARCZYK labotarotrio OMS testará novos medicamentos em busca de tratamento par a Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira, 11, que vai iniciar testes em pacientes hospitalizados com três novos tratamentos contra a Covid-19. Os estudos usarão o Artesunato (produzido pela Ipca), Imatinib (da Novartis) e Infliximabe (Johnson & Johnson). Em comunicado, a organização informou que os três medicamentos foram escolhidos por um painel de especialistas por causa dos seus “potenciais na hora de reduzir o risco de falecimento de pacientes com a Covid-19”. As três drogas foram doadas pelos fabricantes. O Artesunato, até hoje, era utilizado no tratamento de casos graves de malária; o Imatinib em alguns tipos de câncer e o Infliximabe em doenças que atacam o sistema imunológico, segundo a OMS.

O órgão também deve iniciar a segunda fase de testes Solidarity, que na primeira etapa não obteve resultados positivos após testar em pacientes as drogas hidroxicloroquina, utilizada contra a malária, o antiviral remdesivir, além dos antirretrovirais Lopinavir e Ritonavir. No fim de 2020, a análise da OMS concluiu que nenhum dos quatro medicamentos era eficaz para diminuir o tempo de duração de internações, intubações ou o número de mortes causados pela doença. Na nota, a OMS reconheceu que as buscas por tratamento seguem na contramão do desenvolvimento das vacinas e têm ritmo menos acelerado, já que até o momento apenas dois remédios foram considerados efetivos contra a doença: o corticosteróide Dexametasona e ou uso de drogas antagonistas do receptor de interleucina-6. O primeiro medicamento é de fácil acesso em todo o mundo, pelo baixo valor de venda, mas o segundo é mais caro, o que fez a própria OMS admitir que não estaria ao alcance da maioria dos pacientes em países em desenvolvimento.

*Com informações da EFE

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