Argentina espera produzir 500 milhões de doses da vacina russa Sputnik V em 2022

Assessora da presidência confirmou o início da produção do imunizante no país pelo Laboratório Richmond, mas especificou que, no momento, trata-se apenas de um primeiro lote de 21 mil unidades

  • Por Jovem Pan
  • 21/04/2021 14h17
EFE/EPA/RDIF/Archivo Frascos da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V Fábrica argentina que vai iniciar a produção em larga escala tem capacidade para produzir entre quatro e cinco milhões de doses por mês

A Argentina espera produzir 500 milhões de doses da vacina russa Sputnik V no próximo ano, segundo informou Cecilia Nicolini, assessora do presidente Alberto Fernández, ao final da visita de uma delegação argentina à Rússia. A fábrica que vai iniciar a produção em larga escala “tem capacidade para produzir entre quatro e cinco milhões de doses por mês”, explicou Nicolini à imprensa, durante encontro na Embaixada argentina em Moscou. Além disso, está sendo construída uma segunda instalação, que ficará pronta em 2022, e terá “uma capacidade máxima de 500 milhões de doses por ano”. Segundo a assessora, em um primeiro momento, o plano é produzir “pelo menos um milhão de doses, que serão aumentadas continuamente”. “Com o tempo, a Argentina pretende se tornar um ponto de fornecimento da vacina para o restante da região”, acrescentou.

Nicolini confirmou nesta quarta-feira, 21, o início da produção da vacina russa pelo Laboratório Richmond, anunciada na véspera pelo Fundo Russo de Investimentos Diretos (FIDR), mas especificou que, no momento, trata-se apenas de um primeiro lote de 21 mil doses. Uma amostra já foi enviada à Rússia, para que o Centro de Microbiologia e Epidemiologia Gamaleya, que produz a Sputnik V, possa analisar sua qualidade. Ao mesmo tempo, o Laboratório Richmond “também vai desenvolver a mesma técnica de supervisão de qualidade, para ter duplo controle”, e poder, no futuro, realizar esses testes com os mesmos padrões que a Gamaleya.

O processo de revisão da vacina produzida na Argentina irá durar “entre duas ou três semanas” e, se o resultado for positivo, Buenos Aires começará a trabalhar para iniciar “uma produção em escala”. Nicolini lembrou que a Argentina foi o primeiro país da América Latina a registrar a Sputnik V e tornou-se pioneiro na região ao iniciar sua produção em território nacional. “É um marco muito importante e é um espaço de colaboração muito estreito que também cria uma oportunidade para aprofundar as relações entre dois países amigos”, disse a assessora da presidência argentina. Na última segunda-feira, o país recebeu 800 mil doses da Sputnik V, totalizando 5,3 milhões.

* Com informações da EFE

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