Ataque químico matou 70 na Síria e queremos acesso aos afetados, diz OMS
Num comunicado emitido nesta manhã em Genebra, a OMS afirma estar “profundamente alarmada diante dos relatos do uso de agentes tóxicos em Duma”. No sábado, o cálculo oficial da entidade era de que 500 pacientes se apresentaram aos serviços médicos da região apresentando sinais ou sintomas consistentes com a “exposição a químicos tóxicos”.
“Em especial, houve sinal de severa irritação de membranas mucosas, falta de ar e impacto no sistema nervoso central daqueles expostos”, disse.
A constatação da OMS também revela que mais de 70 pessoas morreram diante dos ataques, mesmo estando em porões. “Quarenta e três delas tiveram sintomas consistentes com a exposição a químicos altamente tóxicos”, disseram. Dois centro de atendimentos de saúde também foram alvo de ataques.
No comunicado, a OMS alertou que é obrigação de todas as partes num conflito evitar ataques contra hospitais e médicos. A entidade também reforçou que o uso de armas químicas é “ilegal sob o direito internacional”.
“Precisamos estar indignados diante das imagens horríveis de Duma”, disse Peter Salama, vice-diretor da OMS e responsável por operações de emergência. “A OMS pede um acesso imediato às áreas afetadas para garantir atendimento às vítimas, avaliar o impacto à saúde e desenvolver uma resposta ampla no setor de saúde”, afirmou.
Desde 2012, porém, a OMS aponta que diversos casos de ataques químicos já foram registrados na Síria. Por isso, a entidade mantém no país estoques de antídotos para a distribuição em hospitais. Nos últimos anos, ela ainda treinou 800 médicos para lidar com ataques químicos.
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