Atentado suicida em mesquita no Paquistão deixa ao menos 44 mortos
Ataque aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar; havia pelo menos 260 pessoas no local
Um atentado suicida em uma mesquita no Paquistão deixou ao menos 44 mortos e mais de 150 feridos, informou a polícia local. O ataque aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar, próxima da fronteira com o Afeganistão. Parte do teto da mesquita e as paredes foram destruídas e as autoridades paquistanesas decretaram alerta máximo em todo o país. O primeiro-ministro Shebaz Sharif, informou que havia 260 pessoas no local e classificou a explosão como um “ataque suicida”. Uma grande operação de resgate teve início, com bombeiros e vários equipamentos para a retirada dos escombros. “Há muitos policiais enterrados nos escombros”, disse o comandante da polícia de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan, que calculou a presença habitual de entre 300 e 400 oficiais na oração. O quartel-general da polícia de Peshawar é uma das áreas mais seguras da cidade e também abriga as sedes de diversas agências de inteligência. De acordo com a polícia, a explosão aconteceu na segunda fila de fiéis que estavam rezando. Equipes de retirada de minas foram enviadas ao local devido ao temor de que a ação tenha sido um atentado suicida. Peshawar, a 50 quilômetros da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados praticamente diários na primeira metade da década de 2010, mas a segurança melhorou nos últimos anos. Contudo, nos últimos meses, no entanto, a cidade registrou muitos ataques, vários deles contra as forças de segurança. Em março de 2022, um ataque suicida contra uma mesquita da minoria xiita em Peshawar reivindicado pelo EI-K, braço local do grupo extremista Estado Islâmico, deixou 64 mortos. O atentado foi o mais grave registrado no Paquistão desde 2018. O Paquistão critica o Talibã por permitir que estes grupos utilizem seu território para planejar os ataques, algo que as autoridades de Cabul negam. O Talibã do Paquistão é um movimento separado do que existe no Afeganistão, mas os grupos têm raízes comuns
*Com informações da AFP e Reuters
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