Atentado suicida em mesquita no Paquistão deixa ao menos 44 mortos

Ataque aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar; havia pelo menos 260 pessoas no local

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2023 10h44 - Atualizado em 30/01/2023 13h37
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Maaz ALI / AFPTV / AFP explosão em mesquista no Paquistão Ataque em mesquita no Paquistão aconteceu durante as orações da tarde na cidade de Peshawar, no noroeste do país, perto de antigas áreas tribais que fazem fronteira com o Afeganistão, onde a militância tem aumentado constantemente

Um atentado suicida em uma mesquita no Paquistão deixou ao menos 44 mortos e mais de 150 feridos, informou a polícia local. O ataque aconteceu durante a oração da tarde na cidade de Peshawar, próxima da fronteira com o Afeganistão. Parte do teto da mesquita e as paredes foram destruídas e as autoridades paquistanesas decretaram alerta máximo em todo o país. O primeiro-ministro Shebaz Sharif, informou que havia 260 pessoas no local e classificou a explosão como um “ataque suicida”. Uma grande operação de resgate teve início, com bombeiros e vários equipamentos para a retirada dos escombros. “Há muitos policiais enterrados nos escombros”, disse o comandante da polícia de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan, que calculou a presença habitual de entre 300 e 400 oficiais na oração. O quartel-general da polícia de Peshawar é uma das áreas mais seguras da cidade e também abriga as sedes de diversas agências de inteligência. De acordo com a polícia, a explosão aconteceu na segunda fila de fiéis que estavam rezando. Equipes de retirada de minas foram enviadas ao local devido ao temor de que a ação tenha sido um atentado suicida. Peshawar, a 50 quilômetros da fronteira com o Afeganistão, foi cenário de atentados praticamente diários na primeira metade da década de 2010, mas a segurança melhorou nos últimos anos. Contudo, nos últimos meses, no entanto, a cidade registrou muitos ataques, vários deles contra as forças de segurança. Em março de 2022, um ataque suicida contra uma mesquita da minoria xiita em Peshawar reivindicado pelo EI-K, braço local do grupo extremista Estado Islâmico, deixou 64 mortos. O atentado foi o mais grave registrado no Paquistão desde 2018. O Paquistão critica o Talibã por permitir que estes grupos utilizem seu território para planejar os ataques, algo que as autoridades de Cabul negam. O Talibã do Paquistão é um movimento separado do que existe no Afeganistão, mas os grupos têm raízes comuns

*Com informações da AFP e Reuters

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