Atirador que matou 4 pessoas em escola nos EUA tem 14 anos

‘O atirador, que também era aluno da escola, foi preso; ele será acusado de homicídio e julgado como adulto, informou o Departamento de Investigação da Geórgia (GBI)

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2024 19h16 - Atualizado em 04/09/2024 19h59
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EFE/EPA/ERIK S. LESSER Policial americana tiroteio 'Entre os falecidos, dois eram estudantes e dois eram professores aqui na escola', disse o diretor do Departamento de Investigação da Geórgia

O autor de um ataque a tiros em uma escola nos Estados Unidos nesta quarta-feira (4) era um estudante de 14 anos, e duas das quatro pessoas mortas eram alunos da instituição, informaram as autoridades. “Entre os falecidos, dois eram estudantes e dois eram professores aqui na escola”, disse Chris Hosey, diretor do Departamento de Investigação da Geórgia. “O atirador está sob custódia. Ele é um estudante de quatorze anos desta escola.” O atirador, que também era aluno da escola, foi preso. Ele será acusado de homicídio e julgado como adulto, informou o Departamento de Investigação da Geórgia (GBI). Entre os mortos, estão também dois professores.

Após mais um episódio da crise de violência armada nos Estados Unidos — com quase 400 ataques a tiros somente neste ano, segundo uma contagem — pessoas se reuniram em um campo esportivo fora da Apalachee High School, algumas formando um círculo com os braços entrelaçados. “O oficial de segurança da escola o confrontou”, disse o xerife do condado, Jud Smith, referindo-se aos policiais empregados para trabalhar em escolas nos EUA.

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“O atirador rapidamente percebeu que, se ele não se rendesse, isso terminaria em um tiroteio envolvendo um policial. Ele se rendeu, deitou-se no chão, e o policial o prendeu.” Smith afirmou que a polícia ainda não sabia se o atirador tinha alvos específicos, e as autoridades ainda não identificaram a arma usada.

Alguns na escola inicialmente pensaram que se tratava apenas de outro exercício de simulação de ataque a tiros, disse uma estudante à AFP, referindo-se aos exercícios controversos comuns nas escolas americanas. “Todo mundo pensou que era um exercício falso até que minha professora disse que não recebeu um e-mail”, disse Alexsandra Romeo.

“Ela nos colocou em um canto, e todos estavam se abraçando. Alguns dos meus amigos estavam chorando, até que dois policiais entraram com suas armas e disseram que isso não era um exercício e que ainda não estávamos seguros.” Outra estudante, Stephanie Folgar, de 17 anos, descreveu ter ouvido “estrondos altos” e alunos em pânico se escondendo nos banheiros e no armário. “É assustador saber que [a vítima] poderia ter sido você”, disse ela.

Um aluno afirmou à mídia local que viu sangue no chão e um corpo enquanto era conduzido para fora do prédio pelas autoridades. O ataque ocorreu perto da cidade de Winder, cerca de 70 quilômetros a nordeste de Atlanta, a capital do estado da Geórgia.

Mais cedo, autoridades da escola haviam informado aos pais que estavam implementando um “bloqueio rígido após relatos de tiros”. Após a liberação da área, os pais foram convidados a ir à escola para se reencontrarem com seus filhos, com longas filas de veículos visíveis do lado de fora.

Saiba mais sobre o tiroteio

Quatro pessoas morreram e nove ficaram feridas em um ataque a tiros, nesta quarta-feira (4), em uma escola de ensino médio do Estado da Geórgia, no sul dos Estados Unidos, anunciaram as autoridades locais. “Quatro mortos. Outras nove pessoas foram levadas a vários hospitais com ferimentos. O suspeito está preso e vivo”, informaram nas redes sociais.

Em um comunicado, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que ele e sua esposa, Jill, estão de luto “pela morte das pessoas cujas vidas foram interrompidas pela violência armada sem sentido”. “Os estudantes de todo o país estão aprendendo a se agachar e se refugiar em vez de aprender a ler e escrever. Não podemos continuar aceitando isso como algo normal”, acrescentou.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, também declarou a jornalistas estar devastado pelas famílias afetadas “por essa terrível tragédia”. “Por volta das 9h30 da manhã (10h30 de Brasília), recebemos a primeira chamada de que havia um atirador ativo” na escola Apalachee em Winder, cerca de 70 km a nordeste de Atlanta, afirmou o xerife do condado de Barrow, Jud Smith.

Os alunos foram evacuados ou agrupados em um campo esportivo, de acordo com imagens aéreas divulgadas pela mídia. “Minha professora abriu a porta da sala para ver o que estava acontecendo. Outro professor entrou correndo e disse para ela fechar a porta porque havia um homem armado”, contou o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, citado pela ABC.

Com a porta fechada, ele e seus colegas ouviram gritos vindos do lado de fora. Os Estados Unidos são o único país desenvolvido do mundo que registra ataques a tiros frequentes em escolas. “Após décadas de inação, os republicanos no Congresso devem finalmente dizer ‘basta’ e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação de bom senso sobre segurança das armas”, afirmou Biden no comunicado.

*Com informações da AFP e EFE
Publicado por Carolina Ferreira

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