Sobe para cinco o número de mortos após atropelamento em mercado natalino na Alemanha
Suspeito é um médico de 50 anos, originário da Arábia Saudita, que chegou ao país europeu em 2006; Olaf Scholz, chefe do governo alemão prometeu atuar contra ‘aqueles que querem semear o ódio’
Um motorista avançou com seu veículo contra uma multidão em um mercado de Natal nesta sexta-feira (20) na cidade de Magdeburgo, no norte da Alemanha, deixando cinco mortos e mais de 200 feridos, indicaram as autoridades, que prenderam um saudita como suspeito de atentado. Ocorrido em um momento de campanha eleitoral na Alemanha, o ataque em Magdeburgo se assemelha a outro de oito anos atrás reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) em um mercado natalino em Berlim, no qual morreram 12 pessoas. O suspeito é um médico de 50 anos, originário da Arábia Saudita, que chegou à Alemanha em 2006.
Ele trabalhava no estado federado de Saxônia-Anhalt, do qual Magdeburgo é a capital, situada a cerca de 160 quilômetros de Berlim. O homem, identificado pela imprensa local como Taleb A., agiu sozinho, disse o chefe do governo estadual, Reiner Haseloff, que viu no ataque uma “sincronização temporal” deliberada por motivos “políticos” em face das eleições legislativas antecipadas de 23 de fevereiro. No entanto, as motivações do suspeito não estão claras. Ele não estava fichado pela polícia como islamista e, segundo a imprensa alemã, chegou a publicar opiniões nas redes sociais denunciando o perigo da islamização.
O veículo avançou contra a multidão “por pelo menos 400 metros através do mercado de Natal”, disse à AFP um porta-voz da polícia da cidade de 250 mil habitantes. “É uma dimensão que nenhum de nós pode imaginar”, declarou Haseloff. Olaf Scholz, chefe de Governo da Alemanha, prometeu neste sábado (21) atuar “contra aqueles que querem semear o ódio” e fez um apelo para que o país permaneça “unido”, após o atropelamento “É importante que permaneçamos unidos como país e que conversemos uns com os outros”, disse o chanceler no local da tragédia, onde prometeu atuar contra “aqueles que querem semear o ódio”.
*Com informações da AFP
Publicado por Matheus Lopes
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.