Austrália: Funcionários do governo faziam sexo com prostitutas em sala de oração do Parlamento

O primeiro-ministro Scott Morrinson já estava sendo pressionado a investigar um estupro que teria acontecido dentro do edifício público, na capital Camberra

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2021 11h37 - Atualizado em 23/03/2021 15h59
Dietmar Rabich Wikimedia Commons Funcionários do governo da Austrália estariam levando prostitutas para dentro do Parlamento na capital Camberra O Parlamento já estava envolvido em um escândalo desde o mês passado, quando uma funcionária afirmou ter sido estuprada dentro do edifício

O Parlamento da Austrália está enfrentando um escândalo depois que a mídia divulgou nesta segunda-feira, 22, a existência de vídeos que mostram funcionários do governo praticando atos sexuais dentro do edifício público. O material teria vazado de um grupo de mensagens mantido por políticos conservadores, indo parar nas mãos do jornal The Australian e da emissora de televisão Channel 10 através de um denunciante que preferiu não se identificar. Segundo ele, alguns deputados costumavam usar a sala de orações do Parlamento para ter relações sexuais, sendo que muitas vezes prostitutas eram levadas até lá para satisfazer esses funcionários públicos. A fonte anônima também relatou que esses políticos costumavam trocar fotos pornográficas de si mesmos. Em uma das gravações, um funcionário, que acabou sendo demitido, aparece se masturbando sozinho dentro da sala de uma deputada.

O primeiro-ministro da Austrália, o conversador Scott Morrinson, considerou os comportamentos “escandalosos”. Ele já vinha sendo bastante criticado por não ter dado atenção a uma acusação de estupro feita no mês passado pela ex-funcionária do governo Brittany Higgins contra um de seus colegas de trabalho. O crime teria acontecido em 2019 dentro do gabinete da então ministra da Indústria e Defesa, Linda Reynolds. Também em fevereiro, veio à tona a história de uma mulher que teria sido estuprada em 1988 pelo atual procurador-geral Christian Porter. A ministra da Mulher, Marise Payne, defendeu que a revelação de que funcionários do governo praticaram atos sexuais dentro do edifício público só reforçam a necessidade de investigar a cultura tóxica no local de trabalho do Parlamento.

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