Benny Gantz, ministro do Gabinete de Guerra de Israel, pede antecipação das eleições para setembro

Líder opositor Yair Lapid apoiou o pedido e disse que o país não pode ficar mais seis meses com ‘o pior, mais perigoso e fracassado governo da história do país’

  • 03/04/2024 22h40 - Atualizado em 03/04/2024 22h42
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Drew ANGERER / AFP benny gantz membro do gabinete de guerra israelense, Benny Gantz, chega ao Departamento de Estado dos EUA antes de uma reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken

O ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, pediu nesta quarta-feira (3) antecipação das eleições para setembro, citando a falta de confiança internacional e de apoio popular ao atual governo de Benjamin Netanyahu. “Precisamos chegar a um acordo sobre uma data para as eleições em setembro, cerca de um ano após (o início) da guerra”, declarou Gantz em entrevista coletiva. “Essa data nos permitirá continuar o esforço militar e, ao mesmo tempo, mostrar aos cidadãos de Israel que logo renovaremos sua confiança em nós”, acrescentou.

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O apelo foi feito após dias de protestos em massa contra o governo em Tel Aviv e Jerusalém, onde ativistas, israelenses comuns e parentes dos 134 reféns que estão na Faixa de Gaza se reuniram para exigir responsabilidades. Gantz também disse que discutiu a questão com Netanyahu, mas sua convocação para eleições não foi bem recebida pelo partido Likud, do líder israelense, que reiterou que não haverá votação até que a guerra na Faixa de Gaza termine.

“Eleições agora inevitavelmente levariam à paralisia, divisão, danos aos combates em Rafah e danos fatais à possibilidade de um acordo de reféns”, afirmou em comunicado um porta-voz do Likud, que também acusou Gantz de “política mesquinha”. O líder opositor Yair Lapid foi ainda mais contundente. Ele disse que Israel não pode ficar mais seis meses com “o pior, mais perigoso e fracassado governo da história do país”. De acordo com Lapid, somente com a saída de Netanyahu os reféns e os moradores retirados das regiões de fronteira, tanto no sul, perto de Gaza, quanto no norte – devido aos confrontos com o Hezbollah no Líbano – poderão voltar para casa.

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