Biden reafirma apoio dos EUA a Israel e classifica ataque do Hamas como terrorismo: ‘Não há desculpa’

Presidente americano acusou o grupo palestino de usar civis como ‘escudos humanos’ para se defender da contraofensiva dos israelenses

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2023 16h47
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BRENDAN SMIALOWSKI / AFP Joe Biden durante pronunciamento na Casa Branca Presidente americano falou sobre o conflito entre Israel e Hamas, em pronunciamento na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou o ataque do Hamas como terrorismo e reafirmou que o governo americano apoiará Israel na guerra. Biden ainda acusou o grupo palestino de usar civis como “escudos humanos” para se defender da contraofensiva dos israelenses. A declaração foi dada nesta terça-feira, 10, em pronunciamento na Casa Branca. “Isso é terrorismo. Infelizmente não é algo novo para o povo judeu. Vamos ser bem claros: apoiamos Israel, estamos com Israel. Não há justificativa para terrorismo, não há desculpa. Eles (Hamas) estão usando palestinos e civis como escudos humanos”, afirmou o presidente americano. “É a hora de os EUA se unirem e lamentar junto àqueles que estão de luto. (…) Não há espaço para ódio nos EUA. Contra judeus, contra muçulmanos, contra ninguém. Nós rejeitamos o terrorismo. Condenamos o mal indiscriminado, assim como sempre fizemos. É isso que os EUA apoia”, emendou. O presidente afirmou que levará o assunto para o Congresso americano para debater “medidas urgentes para financiar o que for necessário para segurança nacional dos nossos parceiros”. “Isso não é sobre partidos ou política. É sobre a segurança do nosso mundo, a segurança dos Estados Unidos. Os EUA apoiam os israelenses”.  A prioridade do país, segundo o líder americano, é a segurança dos cidadãos dos EUA que estão em poder do Hamas. Ao menos 14 americanos morreram no conflito. “Nós vamos continuar unidos e nos opondo ao ódio, à violência e ao terrorismo. Não tenho prioridade maior do que a segurança de todos americanos que foram feitos de reféns”. Antes com comunicado à imprensa, o líder norte-americano, apoiador de Israel, conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. De acordo com a Casa Branca, a conversa entre Biden e a vice-presidente, Kamala Harris, com o premiê israelense aconteceu depois de uma reunião com a equipe de segurança nacional, na qual receberão as últimas atualizações sobre a situação no Oriente Médio. “O presidente e a vice-presidente falaram com o primeiro-ministro Netanyahu para discutir os esforços de coordenação com parceiros e aliados para defender Israel e pessoas inocentes de ataques terroristas e dissuadir outros atores hostis”, afirmou a Casa Branca. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já falou nesta manhã com o ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, para discutir a assistência dos EUA a Israel. De acordo com a embaixadora dos EUA na Otan, Julianne Smith, esta ajuda não terá impacto no apoio de Washington à Ucrânia diante da invasão russa.

No sábado, após o ataque do Hamas, Biden já havia conversado com Netanyahu, e, na ocasião, ofereceu medidas de apoio após a ofensiva do Hamas e enfatizando que “o terrorismo nunca é justificado”. “Os EUA alertam contra qualquer outra parte hostil a Israel que tente tirar proveito dessa situação. O apoio do meu governo à segurança de Israel é sólido e inabalável”, acrescentou. No domingo, os Estados Unidos começaram a enviar ajuda militar para Israel e aproximar sua força naval do Mediterrâneo. Biden também destacou que havia ordenado ao grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo, que se dirigisse ao Mediterrâneo Oriental, vindo do Mar Jônico, onde estava. Apesar do envio de apoio militar, os EUA não tem intenção de enviar tropas para Israel, segundo John Kirby, coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional. A Casa Branca informou que Biden vai defender a seguranças dos EUA seja onde for, inclusive em território de Israel. Diante dos recentes acontecimentos, os Estados Unidos reforçaram a segurança nas comunidades judaicas em todo o país. A medida visa proteger os cidadãos e prevenir possíveis ameaças relacionadas aos ataques do grupo Hamas. O EUA confirmaram na segunda-feira, 10, a morte de onze cidadãos norte-americanos no confronto entre Israel e o grupo Hamas.

 

 

 

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