Biden troca parentes de Maduro por americanos detidos na Venezuela
EUA libertaram os chamados ‘narcosobrinhos’, que foram condenados em Nova York a 18 anos de prisão por tentar traficar 800 quilos de cocaína
O presidente americano, Joe Biden, libertou dois sobrinhos da esposa de seu contraparte venezuelano, Nicolás Maduro, condenados por tráfico de drogas nos Estados Unidos, em troca da libertação de sete americanos detidos na Venezuela, informaram neste sábado, 1, fontes governamentais dos dois países. Biden tomou uma “decisão dolorosa para oferecer algo que os venezuelanos buscavam ativamente”, ressaltou. “Hoje, depois de anos detidos injustamente na Venezuela, trazemos para casa Jorge Toledo, Tomeu Vadell, Alirio Zambrano, José Luis Zambrano, José Pereira, Matthew Heath e Osman Khan”, afirmou o líder norte-americano em nota. A libertação dos chamados “narcosobrinhos”, condenados em Nova York a 18 anos de prisão em 2017 por tentar traficar 800 quilos de cocaína para os Estados Unidos, foi “fundamental para garantir a libertação” dos sete americanos, acrescentou o funcionário. Os primeiros cinco detidos citados pelo presidente americano são ex-diretores da petroleira Citgo – quatro americanos nascidos na Venezuela e um venezuelano com residência permanente nos Estados Unidos -, acusados de corrupção no país caribenho e condenados a penas de 8 a 13 anos de prisão.
Matthew Heath é um ex-marine e estava detido há dois anos, acusado de terrorismo. Osmar Khan é um dos três americanos detidos este ano na fronteira com a Colômbia e cujas identidades não tinham sido reveladas por fontes governamentais. Pouco depois do anúncio de Biden, o governo Maduro publicou uma nota. “Produto de diversas conversas realizadas desde 5 de março passado com representantes do governo dos Estados Unidos, conseguiu-se a libertação de dois jovens venezuelanos presos injustamente nesse país”, afirmou, sem revelar seus nomes. Também confirmou a soltura de um “grupo de americanos” detidos na Venezuela “por razões humanitárias”. Desde sua detenção, em 2017, a situação dos presos americanos sofreu os altos e baixos das relações entre Caracas e Washington. A Venezuela acusa os Estados Unidos de quererem atentar contra instalações básicas e depor Maduro, a quem Washington não reconhece como presidente por considerar que sua reeleição em 2018 foi fraudulenta. Ao contrário, considera presidente interino do país o líder opositor Juan Guaidó.
*Com informações da AFP
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