BioNTech se alia a concorrentes para alavancar produção de vacinas contra Covid-19

Os executivos da empresa alemã mencionaram a insuficiência da sua parceria com a Pfizer e a necessidade de criar uma nova aliança para honrar os compromissos com a União Europeia

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2021 16h44
EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON Frascos vazios da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech O objetivo da aliança é alcançar ou superar a meta de dois bilhões de doses até o fim de 2021

Em um momento de escassez das vacinas contra a Covid-19, a alemã BioNTech formou uma aliança com outras 13 empresas concorrentes, incluindo a Novartis e a Sanofi, para produzir dois bilhões de doses ainda em 2021. Em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Jorunal, o presidente-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, disse ter percebido no ano passado que a sua parceria com a Pfizer não seria suficiente para atender à demanda mundial. O diretor de operações da empresa, Sierk Poetting, acrescentou que a experiência demonstrou a urgência de fazer novas parcerias para cumprir os seus compromissos na União Europeia, que tem enfrentado problemas para receber vacinas contratadas.

Um dos desafios a serem enfrentados pela nova aliança é o fato da vacina da BioNTech usar técnicas novas e sofisticadas que requerem poucos ingredientes e muita experiência. Isso implica em uma cadeia de abastecimento vulnerável a controles de exportação que a União Europa, o Reino Unido e os Estados Unidos impuseram nos últimos meses, segundo funcionários da empresa. Além disso, o número de parceiros, a complexidade do processo e as matérias-primas necessárias à produção da vacina da empresa – de DNA a enzimas, sais, açúcares e vários lipídios – tornam a cadeia de abastecimento delicada, com muitas possibilidades de gargalos.

*Com Estadão Conteúdo

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