Boris Johnson diz não ter intenção de decretar novo confinamento no Reino Unido
Premiê comparou a possibilidade de acionar novamente o mecanismo de isolamento da população como o de “persuasão nuclear”
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, não deseja decretar um segundo confinamento obrigatório no país caso aconteça outra onda de contágio do novo coronavírus, conforme indicou em entrevista publicada neste domingo ao jornal “The Sunday Telegraph”. O chefe de governo comparou a possibilidade de acionar novamente o mecanismo de isolamento da população como o de “persuasão nuclear”, normalmente utilizado por países em conflitos políticos e diplomáticos com outras nações.
Johnson dá a declaração poucos dias depois da divulgação de um relatório assinado pelo principal assessor científico do governo, Patrick Vallance, sobre o risco de mais uma onda de contágio, especialmente no inverno, que seria mais grave e poderia matar 120 mil pessoas, o que poderia ser evitada com medidas de restrição. “Sem dúvida, não quero empregar o mecanismo. E acredito que não vamos estar nessa posição de novo”, garantiu o premiê.
De acordo com o primeiro-ministro, atualmente, o Reino Unido é capaz de visualizar a situação de maneira mais próxima, diferente do que aconteceu na primeira onda. Hoje, segundo Johnson, é possível isolar surtos, e trabalhar mais perto com autoridades locais no enfrentamento.
Na última sexta-feira, o chefe do governo garantiu confiar que o país poderá voltar a um estado de normalidade antes do Natal deste ano, posição que encontra resistência mesmo dentro do grupo de especialistas que assessora a administração nacional britânica, durante a pandemia da Covid-19. No próximo sábado, na Inglaterra, serão reabertas academias, piscinas públicas e outras instalações esportivas. Já em 1º de agosto, voltarão a funcionar salões de beleza, pistas de boliche e cassinos.
Ainda serão retomadas atividades nos teatros, que poderão apresentar espetáculos, sempre com respeito às regras de distanciamento social.
*Com Agência EFE
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