Para recontagem, Reino Unido deixa de atualizar número diário de mortos por Covid-19
O número de 45 mil mortos por casos confirmados de covid-19 no Reino Unido é o mais alto da Europa
O Ministério da Saúde do Reino Unido anunciou neste sábado a paralisação no sistema de contagem de mortes decorrentes da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, para analisar possíveis “falhas estatísticas” detectadas recentemente. O ministro da pasta, Matt Hancock, determinou a revisão depois que um grupo de pesquisadores identificou possíveis erros na apuração e sistematização dos números, registrados após a realização de testes de diagnóstico.
Hoje, de acordo com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, foram contabilizados mais 827 casos de infecção pelo novo coronavírus, o que eleva o total desde o início da pandemia para 294.066. Apesar do contágio ainda em alta, o primeiro-ministro, Boris Johnson, se mostrou otimista e garantiu que o Reino Unido poderá voltar ao estado de normalidade ainda antes do Natal deste ano.
Por outro lado, John Edmund, um dos integrantes do grupo técnico que assessora o governo, admitiu que o panorama é bem diferente do que o previsto pelo premiê. “Se por normalidade, se entende o que podíamos fazer até fevereiro, ir trabalhar normalmente, viajar em ônibus e trens, ir de férias sem restrições, ficar com amigos, darmos as mãos, nos abraçarmos, infelizmente, falta muito caminho a percorrer”, estimou. Segundo Edmund, não há nada, atualmente, que torne as pessoas imunes ao novo coronavírus, o que vai acontecer apenas quando houver uma vacina comprovadamente eficaz. “Caso voltemos a esses tipos de comportamentos normais, o vírus voltará muito rapidamente”, alertou.
Flexibilização
Johnson estabeleceu o cronograma de relaxamento mais recente esta semana, dizendo que os empregadores terão mais liberdade para determinar as regras para o trabalho em casa, que a segurança de grandes aglomerações será avaliada e que as regras de distanciamento social podem ser anuladas a tempo para as festas de fim de ano.
“É minha esperança forte e sincera que poderemos revisar as restrições remanescentes e permitir uma volta mais significativa à normalidade não antes de novembro – possivelmente a tempo para o Natal”, disse.
Ele enfatizou que o plano depende do sucesso em manter os índices de infecção baixos, delinear um financiamento adicional para o sistema de saúde e determinar novos poderes para governos municipais isolarem focos do novo coronavírus.
“Assim teremos certeza de que estamos prontos para o inverno e nos preparando para o pior. Mas mesmo que nos preparemos para o pior, acredito fortemente que também deveríamos torcer pelo melhor”, disse.
*Com Agência EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.