Brasil, China e Rússia não se manifestam após vitória de Biden nos EUA

Bolsonaro não se manifestou nas redes sociais, diferentes de diversos líderes como o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2020 13h56
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Jair Bolsonaro é o atual presidente da República Bolsonaro não falou sobre a vitória de Biden nas redes sociais

Enquanto diversos líderes parabenizaram o democrata Joe Biden pelas projeções de vitória nas eleições dos Estados Unidos, anunciadas em grande parte da imprensa americana no sábado, 7, outros preferiram o silêncio. Depois que emissoras de televisão como a CNN, a NBC e a CBS anunciaram projeções com um triunfo de Biden na Pensilvânia, que garantiu mais 20 delegados no Colégio Eleitoral, o que o levou a um total de 273 – são necessários 270 para ser declarado vencedor. Contudo, o candidato à reeleição, Donald Trump, não reconheceu a derrota e prometeu recorrer à Justiça. Sem mostrar qualquer evidência, o republicano alegou haver fraude na contagem de votos em vários estados americanos.

Bastante ativo nas redes sociais, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que enxerga em Trump um grande aliado, se pronunciou pela última vez sobre as eleições americanas na última terça-feira, 3, dia de fechamento dos votos. Na ocasião, limitou-se a reiterar a torcida pelo atual chefe de governo americano. Também não houve qualquer manifestação sobre as projeções de vitória de Biden por parte da China, que passou a travar uma guerra comercial com os Estados Unidos durante o mandato de Trump, nem pela Rússia, acusada de interferir nas presidenciáveis americanas anteriores, em 2016.

Por outro lado, alguns aliados do republicano já falaram em público sobre a vitória do candidato democrata. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que no Twitter usa como imagem de capa uma foto ao lado de Trump, se disse ansioso para trabalhar com Biden e a candidata a vice Kamala Harris. O primeiro-ministro da Hungria, o ultranacionalista Viktor Orbán, desejou a Biden “saúde e sucesso”. O líder húngaro teve bons contatos com Trump nos últimos quatro anos e em 2016 foi o único líder nacional a apoiar abertamente a campanha eleitoral republicana. Por sua vez, o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, declarou que uma vitória do candidato à reeleição teria sido melhor para o país do leste europeu, especialmente em relação ao conflito com a antiga província do Kosovo, mas garantiu que parabenizaria Biden.

*Com informações da Agência EFE

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