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Brasil tem 200 toneladas de alimentos básicos para enviar à Venezuela, afirma porta-voz do governo

O porta-voz do governo brasileiro, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou nesta sexta-feira (22) que está mantido o planejamento para a entrega de ajuda humanitária à Venezuela, mesmo com confrontos na fronteira. “A operação tem previsão de início amanhã e se estenderá por mais alguns dias, sem previsão de término”, declarou.

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De acordo com o general, na base aérea de Boa Vista (RR) já há um “estoque de cerca de 200 toneladas de alimentos básicos, como arroz, feijão, café, leite em pó, açúcar e sal”, além de kits de primeiros socorros. “As doações serão transferidas por caminhões e motoristas venezuelanos.” Entretanto, a fronteira está fechada desde quinta (21).

Com a decisão do ditador Nicolás Maduro de bloquear o acesso terrestre, é possível que o repasse da ajuda humanitária não tenha sucesso. “Os caminhões que não conseguirem entrar [em território venezuelano] voltarão para Boa Vista”, disse Rêgo Barros. “Se tivermos alguma dificuldade, em dias subsequentes, essas tentativas continuarão.”

Ele voltou a ressaltar que “a operação brasileira tem caráter exclusivamente de ajuda humanitária, não havendo qualquer interesse do país no emprego de outras frentes neste momento” e evitou falar em confrontos entre exércitos das duas nações nem apontou se o presidente Jair Bolsonaro considera o bloqueio de fronteira uma provocação.

De acordo com o general “não está confirmado” que Maduro teria mandado instalar mísseis na divisa, para eventual ataque ao Brasil, mas não deu detalhes sobre qual seria a possível reação de Bolsonaro a um possível episódio do tipo. “Não conjecturamos poder de combate. O nosso país possui planejamentos [militares] e estão atualizados.”

Reunião

Bolsonaro convocou reunião com ministros sobre a crise da Venezuela nesta sexta. Por meio de videoconferência, ele deliberou sobre a transferência da ajuda humanitária, detalhou o porta-voz. “O nosso presidente tem muita preocupação com vidas humanas”, disse, em relação à morte de duas pessoas “fora da faixa de fronteira”, pela manhã.

“Nós estamos com um gabinete de crime instalado aqui no Palácio do Planalto, no Ministério das Relações Exteriores e em outros órgãos, que estão abastecendo o presidente por meio de informações diretas”, concluiu Rêgo Barros. Se as doações ultrapassarem a fronteira, o transporte passará a ser responsabilidade do presidente interino Juan Guaidó.

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