Câmara dos EUA apresenta resolução para expulsar George Santos
Deputado republicano filho de brasileiros é acusado de embolsar dinheiro de campanha para fins pessoais
O presidente da Comissão de Ética da Câmara dos Estados Unidos, Michael Guest, apresentou nesta sexta-feira, 17, uma resolução para expulsar do Congresso seu colega republicano George Santos, depois que uma investigação revelou que o congressista filho de brasileiros embolsou dinheiro de campanha para fins pessoais. Esse é o esforço mais sério para expulsar Santos, que também enfrenta 23 acusações federais. Guest comentou que os resultados da investigação interna de ética do Congresso divulgados na quinta-feira são “mais do que suficientes para merecer punição” e que “a punição mais apropriada é a expulsão”. A Câmara dos Representantes está em recesso até 28 de novembro para o feriado de Ação de Graças. Assim, a moção para sua expulsão terá que esperar pelo menos até lá. George Santos, que representa um distrito de Nova York, convocou uma entrevista coletiva para o dia 30 de novembro, na escadaria do Congresso, na qual ele poderá anunciar sua renúncia.
O relatório da Comissão de Ética, com 56 páginas, detalha os esquemas financeiros pelos quais Santos transferiu dinheiro de sua campanha para suas contas pessoais. Por meio de uma empresa de fachada, o congressista transferiu pelo menos US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão) em 2022, dinheiro com o qual fez pagamentos a lojas de artigos de luxo, como a Hermès, assim como à plataforma de conteúdo adulto OnlyFans e refeições, entre outras despesas. Fora do Congresso, Santos é acusado em um tribunal de Nova York de fraude, lavagem de dinheiro, desvio de fundos públicos, perjúrio, conspiração contra os EUA e falsidade ideológica, entre outras acusações, das quais ele se declarou inocente. Antes de seus supostos crimes se tornarem conhecidos, o republicano já tinha ficado famoso publicamente devido à rede de mentiras que inventou para ser eleito no pleito de meio de mandato de novembro de 2022.
*Com informações da EFE
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