Casa Branca diz que Putin sabia de interferência russa em eleições nos Estados Unidos

Autoridades anunciaram mais cedo sanções contra executivos de veículo financiado pelo Estado russo e outras pessoas, as quais acusou de fazer ‘esforços de influência maliciosa’ contra as eleições presidenciais de 2024

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2024 19h46
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Anton Vaganov / POOL / AFP O presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz um discurso durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) em São Petersburgo, em 7 de junho de 2024. A Hungria, que assumiu a presidência rotativa da UE esta semana, ainda não confirmou relatos de que Orban - o aliado mais próximo do Kremlin no bloco - era esperado em 5 de julho de 2024, em Moscou, para conversações com o presidente Vladimir Putin. Washington acusa Moscou de tentar influenciar as eleições presidenciais desde a disputa de 2016 entre Donald Trump e Hillary Clinton

O presidente russo, Vladimir Putin, estava a par das ações do veículo estatal de notícias RT para influenciar as eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos, apontou a Casa Branca nesta quarta-feira (4). “Acreditamos que Putin sabia dessas ações” de interferência eleitoral, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, John Kirby, depois que o Tesouro americano sancionou dois funcionários do RT, assim como seus diretores.

Autoridades americanas anunciaram mais cedo sanções contra executivos do RT (veículo financiado pelo Estado russo) e outras pessoas, as quais acusou de fazer “esforços de influência maliciosa” contra as eleições presidenciais americanas de 2024. O Departamento do Tesouro americano apontou para duas entidades e dez pessoas, entre elas a editora-chefe do RT, Margarita Simonovna Simonyan, e sua adjunta, Elizaveta Yuryevna Brodskaia.

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O veículo é acusado de recrutar, de forma encoberta, “influenciadores americanos involuntários” para apoiar uma “campanha” do RT, antes conhecido como Russia Today. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse que a entidade “não hesitará” no compromisso de “salvaguardar” os princípios democráticos do país e “a integridade” dos seus sistemas eleitorais.

Segundo o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, dois funcionários do RT foram acusados em Nova York de lavagem de dinheiro e violação da Lei de Registro de Agentes Estrangeiros. Eles são acusados de canalizar US$ 10 milhões para uma empresa com sede no estado do Tennessee, “para divulgar conteúdo considerado favorável ao governo russo”, acrescentou.

A acusação aponta que a empresa americana, que não foi identificada, publicou vídeos em inglês no TikTok, Instagram, X e YouTube e “nunca revelou aos influenciadores nem aos seus milhões de seguidores seus vínculos com o RT e o governo russo”, disse Garland. O RT reagiu através em seu canal no Telegram, desqualificando as acusações dos Estados Unidos, considerando-as de “clichês conhecidos”. “Três coisas são inevitáveis na vida: a morte, os impostos e a ‘interferência do RT nas eleições americanas'”, ironizou o veículo.

Segundo o Departamento do Tesouro, Simonyan foi uma “figura central nos esforços de influência maliciosa do governo russo”, enquanto Brodskaia “informou o presidente russo”, Vladimir Putin, e outros funcionários.

Washington acusa Moscou de tentar influenciar as eleições presidenciais desde a disputa de 2016 entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton. Após as eleições de 2020, funcionários de inteligência dos EUA acusaram Putin de autorizar “operações de influência” para favorecer a votação em Trump.

*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira

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