Chefe do Exército israelense celebra a morte do comandante do Hezbollah em Beirute

Israel permanece em prontidão para uma possível represália militar em seu território após o ataque no Líbano

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2024 16h46
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EFE/EPA/WAEL HAMZEH Restos de um edifício danificado no local de um ataque israelense no dia anterior em Beirute, Líbano, 31 de julho de 2024. A mídia estatal libanesa disse que um drone israelense teve como alvo uma área no bairro de Haret Hreik, em Beirute. As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram ter matado o comandante militar sênior do Hezbollah, Fuad Shukr, em um “ataque direcionado” em Beirute, em 30 de julho. Ataque ocorreu no nesta terça-feira (30)

O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, Herzi Halevi, felicitou nesta quarta-feira (31) o ataque de suas tropas em Beirute que provocou a morte do líder militar do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr, ao destacar que as forças israelenses têm capacidade de atacar pontos muito precisos ou mesmo entrar no terreno. “Ontem à tarde tivemos a oportunidade de eliminar Muhsan”, disse o chefe militar, referindo-se a Shukr, durante uma sessão de treinamento de soldados israelenses perto da fronteira entre Israel e Líbano. “Ele era a figura militar de mais alta patente no Hezbollah, e também é uma pessoa muito próxima do (líder da milícia libanesa Hasan) Nasrallah”, destacou.

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De acordo com Helevi, Shukr foi responsável por ordenar o ataque de sábado à cidade de Majdal Shams nas Colinas de Golã, que matou 12 crianças, bem como o ataque de ontem que matou outro civil israelense em HaGoshrim, na região de Kyriat Shmona, perto da fronteira entre Israel e Líbano.

“As Forças de Defesa de Israel sabem como operar e atingir uma determinada janela em um bairro de Beirute, sabem como atingir um determinado ponto subterrâneo e nós também sabemos como operar no interior com muita força”, advertiu Halevi perante os soldados, que praticavam “cenários extremos”, como combates em florestas e montanhas, acionamento de incêndios e combates em áreas urbanizadas.

A fronteira entre Israel e Líbano vive seu maior pico de tensão desde 2006, enquanto crescem os receios de uma guerra aberta que se espalhará pela região.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, dirigiu uma carta a outros diplomatas na qual apelou à pressão para implementar a resolução da ONU que envolve a desmilitarização da fronteira entre Israel e Líbano, como única forma de evitar uma “guerra total” com o Hezbollah.

Por seu lado, David Mencer, porta-voz do governo israelense, disse que “a responsabilidade por uma escalada no norte recai diretamente sobre o Hezbollah e seu líder, Irã”.

Israel permanece em prontidão para uma possível represália militar em seu território após o ataque em Beirute, bem como após o ataque em Teerã – que o Irã atribui às forças israelenses – que matou Ismail Haniyeh, líder político do grupo islâmico Hamas.

“Estamos em alerta máximo”, comentou Mencer, assegurando que Israel está em “contato regular” a todos os níveis com seus principais aliados, especialmente os Estados Unidos.

A fronteira entre Israel e Líbano vive uma escalada que custou a vida de ao menos 574 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 354 vítimas de milicianos e comandantes, alguns na Síria.

Por outro lado, ao menos 47 pessoas perderam a vida no norte em consequência destas trocas de tiros, das quais 22 eram militares e 25 eram civis.

*Com informações da EFE

publicado por Tamyres Sbrile

 

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