Chernobyl tem primeiro rodízio de funcionários ucranianos em quase um mês

Instalações devem ser mantidas com a atividade de trabalhadores que se revezam entre si para evitar a exposição prolongada à radioatividade

  • Por Jovem Pan
  • 21/03/2022 06h37 - Atualizado em 21/03/2022 06h38
Sergei SUPINSKY / AFP Sarcófago gigante que protege o que restou da usina nuclear de Chernobyl Sarcófago e demais estruturas de Chernobyl requerem serviço constante de manutenção para evitar vazamentos de radioatividade

A central nuclear de Chernobyl iniciou no domingo, 20, o primeiro rodízio de funcionários desde o início da invasão russa à Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, anunciou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). “A Ucrânia informou à AIEA que quase metade dos funcionários finalmente conseguiu retornar para casa depois de trabalhar na área controlada pela Rússia durante quase quatro semanas”, afirmou o diretor geral da agência, Rafael Grossi, em um comunicado. As Instalações devem ser mantidas com o trabalho de trabalhadores que se revezam entre si frequentemente para evitar a exposição prolongada à radioatividade.

Antes do rodízio, a mesma equipe de trabalho estava na central desde o dia anterior à entrada das tropas russas na área, o que “coloca em risco um dos pilares” da segurança nuclear: funcionários podem tomar decisões sem pressão externa. A AIEA ainda não recebe a transmissão remota de dados de seu sistema de vigilância de Chernobyl, embora os dados sejam transferidos para a agência a partir de outras centrais nucleares da Ucrânia. As forças russas tomaram o controle da central nuclear em 24 de fevereiro e mais de 100 técnicos ucranianos que estavam no fim do serviço noturno prosseguiram com as operações cotidianas na usina, que mantém os resíduos radioativos da catástrofe nuclear de 1986, a pior da história.

*Com informações da AFP

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