Chile confirma quinta morte de migrante que entrou de forma ilegal apenas em outubro

Desde o início do ano, 17 migrantes faleceram na região de Colchane; última vítima era venezuelana

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2021 01h04
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Armada de Chile/Handout / Latin America News Agency via Reuters Connect chile; colchane Cidade de Colchane já registrou 17 mortes em 2021

Uma mulher venezuelana morreu na madrugada desta sexta-feira, 22, nos arredores de uma passagem de fronteira não habilitada perto de Colchane, pequena cidade chilena vizinha à Bolívia, elevando o número de mortos nesta inóspita região para 17 neste ano e cinco apenas em outubro. “Uma mulher de 63 anos de nacionalidade venezuelana morreu no setor das zonas úmidas de Pisiga Carpa (a passagem entre os dois países) depois de ter apresentado vários problemas de saúde“, informou a diretora de saúde do município de Colchane, Yolanda Flores. O pedido de ajuda foi supostamente recebido pelos Carabineros, a polícia chilena, durante a noite de 21 de outubro, mas as longas distâncias e o terreno irregular dificultaram a chegada dos serviços médicos a tempo de salvar a vítima.

“Quando chegamos ao local do incidente, nos encontramos com familiares, o filho, que nos disse que a mãe tinha doenças como hipertensão e hipertiroidismo”, disse Guillermo Tapia, médico do centro de emergência local. Desde fevereiro, a área de Colchane tem sido palco de uma crise migratória que se agravou ao longo dos meses. Atualmente, centenas de migrantes indocumentados estão instalados em espaços públicos nas cidades do norte do Chile. Diante da crise, que chegou ao auge no final de setembro, quando uma marcha anti-imigração terminou com a queima de tendas e pertences de famílias venezuelanas que passavam a noite na rua em um ataque rotulado como xenofóbico, o governo chileno anunciou a construção de vários abrigos.

Para frear a entrada irregular, o presidente chileno, Sebastián Piñera, promulgou uma nova lei de migração mais rigorosa em abril, que exige que os estrangeiros obtenham vistos nos seus países de origem e permite as deportações. Desde então, mais de 500 pessoas de diferentes nacionalidades foram expulsas em pelo menos cinco voos. Segundo o Departamento de Estrangeiros e Migrações, existem 1,4 milhão de migrantes no Chile, o equivalente a mais de 7% da população, e os venezuelanos são os mais numerosos, seguidos pelos peruanos, haitianos e colombianos.

*Com informações da EFE

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