China aprova lei que impede vitória da oposição em Hong Kong
As mudanças nas regras eleitorais visam barram qualquer candidato a presidente-executivo da região que seja considerado ‘desleal’ ao governo chinês
A China aprovou nesta quinta-feira, 11, mudanças drásticas nas leis eleitorais de Hong Kong que, de maneira geral, impedem a participação de políticos democráticos. Em decisão quase unânime, o Congresso Nacional do Povo, controlado pelo Partido Comunista, votou a favor de dar mais poder para os partidos pró-Pequim escolherem os líderes locais da cidade. O primeiro-ministro Li Keqiang disse em coletiva de imprensa que a nova legislação é necessária para garantir que “patriotas” governem o território. As mudanças se baseiam em uma ampla lei de segurança nacional que foi imposta à Hong Kong após meses de protestos, acabando com a já limitada democracia que a ex-colônia britânica possuía.
Atualmente, a presidente-executiva de Hong Kong é Carrie Lam, que pode tentar a reeleição no início do ano que vem. Antes disso, a China planeja adicionar mais 300 cargos ao Comitê Eleitoral, que já possui 1.200 membros e elegerá o próximo presidente-executivo. A ideia é inserir mais aliados do governo chinês na casa para garantir que ele escolha um líder de sua confiança. Adicionalmente, a partir de agora um candidato precisará de pelo menos algum apoio de cada um dos cinco grupos principais do comitê para ser nomeado. Além disso, cada candidato será examinado por um comitê separado, criado pelo governo chinês, que visa eliminar qualquer pessoa que possa ser considerada desleal à China.
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