Covid-19: China lança passaporte de vacinação para permitir viagens ao exterior

O certificado foi disponibilizado nesta segunda-feira, 8, através de um recurso de QR Code do aplicativo de conversas WeChat, que já estava sendo utilizado para acessar transportes domésticos do país

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2021 13h39
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EFE/EPA/ALEX PLAVEVSKI/ Archivo Mulher segura celular em que aparece o aplicativo WeChat O recurso do WeChat vem gerando preocupação em relação ao risco de vigilância governamental

A China se tornou um dos primeiros países a ter um passaporte de vacinação. O certificado digital, lançado nesta segunda-feira, 8, mostra se o cidadão já recebeu a vacina contra a Covid-19 ou testou negativo para o novo coronavírus. Segundo um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, o objetivo do documento é ajudar na recuperação econômica mundial e facilitar a retomada das viagens internacionais. Ele ainda não é obrigatório, mas já está disponível aos chineses em forma física ou virtual, através de um recurso de QR Code do aplicativo de conversas WeChat pelo qual as autoridades conseguem obter informações de saúde do viajante. Essa ferramenta digital, que rastreia a localização do usuário e emite um sinal verde caso ele não tenha tido contato com casos confirmados de Covid-19, já estava sendo utilizada para acessar transportes domésticos e espaços públicos da China. O sistema vem gerando preocupação com a privacidade e temores de que ele marque uma expansão da vigilância governamental.

Durante uma coletiva de imprensa realizada no domingo, 7, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, sugeriu que o país está disposto a discutir o reconhecimento mútuo das vacinas contra a Covid-19 com outros países. Isso sugere que futuramente viajantes vindo do exterior poderão entrar na China sem restrições mediante o comprovante de imunização. Enquanto isso, os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia também consideram a implementação de documentos semelhantes. No final de fevereiro, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, anunciou que os países-membro terão um documento que possibilitará viagens dentro da União Europeia durante o verão no Hemisfério Norte, que vai de 21 de junho a 23 de setembro.

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