China diz que ‘EUA devem parar de armar Taiwan’ e alerta contra ‘independentismo’

De acordo com a chancelaria chinesa, ambos os lados também trocaram opiniões sobre outros temas quentes, como a Ucrânia, o Oriente Médio e a península coreana

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2024 10h29
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Xie Huanchi/EFE/EPA/Xinhua Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), discursando na terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) País disse que “o movimento de independência da ilha é o maior risco para a paz e a estabilidade”

O chefe da diplomacia da China, Wang Yi, disse nesta quarta-feira (28) ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que os Estados Unidos têm de “parar de armar Taiwan”, e alertou que “o movimento de independência da ilha é o maior risco para a paz e a estabilidade” no Estreito. “Taiwan pertence à China e a China irá unificar-se. A independência de Taiwan é o maior risco para a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e os Estados Unidos devem honrar seus compromissos de não apoiar sua independência. E devem parar de armar Taiwan”, destacou Wang, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores da chinês em comunicado.

Sulivan respondeu, segundo a mesma fonte, que os Estados Unidos “não apoiam a independência de Taiwan” e que Washington e Pequim devem “coexistir pacificamente”, para o que é necessário “aumentar a compreensão mútua e reduzir mal-entendidos e julgamentos equivocados”. Sulivan faz a primeira visita à China de um conselheiro de segurança dos EUA em oito anos para abordar “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e econômica” sobre Taiwan.

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Desde que o novo presidente taiwanês, William Lai (Lai Ching-te), tomou posse no último mês de maio, a China aumentou sua atividade militar em torno da ilha e intensificou o tom das suas ameaças contra os “secessionistas” de Taiwan, um território governado autonomamente desde 1949 e considerado pela China como uma “província rebelde”. Além disso, Wang referiu-se aos recentes atritos com as Filipinas nas águas disputadas do Mar da China Meridional: “A China salvaguarda firmemente e salvaguardará sua soberania territorial, bem como os seus direitos e interesses marítimos”.

“Os Estados Unidos não deveriam usar os tratados bilaterais como desculpa para minar a soberania e a integridade territorial da China, e não deveriam apoiar ou tolerar as ações violadoras das Filipinas”, acrescentou. De acordo com a chancelaria chinesa, que descreveu as conversas de quarta-feira como “francas, substanciais e construtivas”, ambos os lados também trocaram opiniões sobre outros temas quentes, como a Ucrânia, o Oriente Médio e a península coreana.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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