China substitui ministro das Relações Exteriores que não é visto em público desde junho

Comunicado não deu uma razão para a remoção de Qin Gang; Wang Yi, que já atuava como um substituto temporário, assumirá o cargo

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2023 10h59 - Atualizado em 25/07/2023 12h23
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NOEL CELIS / AFP qin gang Ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, acena ao chegar para uma coletiva de imprensa no Centro de Mídia do Congresso Nacional do Povo (NPC) em Pequim, em 7 de março de 2023. O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, foi destituído do cargo em 25 de julho de 2023, informou a mídia estatal, depois de não ser visto publicamente por um mês

A mídia estatal da China informou nesta terça-feira, 25, que o ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, foi afastado do cargo e substituído por seu antecessor, Wang Yi. Gang, que estava no cargo desde dezembro de 2022, não é visto em público desde o dia 25 de junho e sua ausência gerou especulações sobre seu estado de saúde, possível demissão ou alguma investigação oficial. A China manteve um silêncio rígido por semanas sobre o destino do ministro. O comunicado não deu uma razão para a remoção de Qin Gang, mas disse que o presidente Xi Jinping assinou uma ordem presidencial para promulgar a decisão. Pequim diz que responde a “razões de saúde” não detalhadas, mas circulam boatos sobre casos amorosos e desavenças de Gang com o alto comando do governo. A decisão aconteceu durante uma sessão especial do Comitê Permanente do congresso Nacional do Povo. As funções do ministério já foram assumidas por Wang, o chefe da diplomacia chinesa que dirige a política externa do Partido Comunista.

Wang Yi foi chanceler por nove anos e já atuava como substituto temporário. Ele participou de um encontro de países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Jacarta, de uma reunião de chanceleres dos Brics na África do Sul e esteve com autoridades norte-americanas. Desaparecimentos não são novidades na China, onde constantemente há relatos do sumiço abrupto de altos funcionários da vida pública. Esses ‘sumiços’ são vistos como sinais potenciais de problemas, mas o governo segue em silêncio. Na semana passada, quando foi questionada sobre o desaparecimento de Qin Gang, a porta-voz Mao Ning afirmou não ter informações sobre o assunto e enfatizou que as atividades diplomáticas chinesas estão em curso como o habitual.

 

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