Colômbia atingiu novo recorde de cultivo de drogas e produção de cocaína em 2022

Segundo relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Undoc), país sul-americano aumentou produção em quase 13%

  • Por Jovem Pan
  • 11/09/2023 14h23 - Atualizado em 11/09/2023 16h31
Schneyder Mendoza / AFP Produção de Coca na Colômbia Até o ano passado, o país tinha 204 mil hectares de plantação de coca, área 43% maior em relação ao ano de 2021

A Colômbia aumentou a produção de cocaína em 2022, atingindo um novo recorde de área de plantio. A informação foi confirmada por um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Undoc) publicado nesta segunda-feira (11). De acordo com o documento, o país sul-americano aumentou a produção em quase 13% em 2022, atingindo o nível recorde de 230 mil hectares. Até o ano passado, o país tinha 204 mil hectares de plantação de coca, área 43% maior em relação ao ano de 2021. Além das plantações, também cresceu a fabricação de drogas que deixam o território colombiano, com destino aos Estados Unidos e a Europa. Antes do novo documento o país produzia em média 1,4 mil toneladas de cocaína por ano. De acordo com o novo levantamento, a produção passou para 1.738 toneladas da droga. Quase metade dos cultivos (49%) está localizado em comunidades negras e reservas florestais e indígenas, diz o relatório. Segundo o relatório, “77% do aumento líquido se concentrou em Putumayo (cerca de 20 mil hectares)”, perto da fronteira com o Equador.

A tendência de crescimento se consolidou desde 2014, mesmo com o combate ao tráfico de drogas e o acordo de paz com os guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), firmado em 2016. Nesse cenário, a Colômbia continua sendo o maior plantador da folha de coca no mundo, superando Peru e Bolívia. Os Estados Unidos, por sua vez, são o maior consumidor de cocaína colombiana, mesmo sendo o país que mais contribui financeiramente para a luta antidrogas. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou o “fracasso” da luta antidrogas, pedindo aos EUA que definam uma nova abordagem que foque na prevenção de consumo em países com economias desenvolvidas.

*Com informações da AFP

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