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Com Lula entre os convidados, presidentes de Venezuela e Guiana se reúnem nesta quinta-feira

AME3045. CARACAS (VENEZUELA), 08/12/2023.- Fotografia de uma pintura com um mapa da Venezuela à qual se acrescenta o Essequibo - território pelo qual a Guiana e a Venezuela disputam -, durante cerimônia de inauguração hoje, no Legislativo Federal Palácio, sede da Assembleia Nacional (AN, Parlamento) em Caracas (Venezuela). Após o referendo do último domingo, o Governo do presidente Nicolás Maduro decidiu tomar medidas baseadas no “mandato popular”, e iniciar os trabalhos administrativos para anexar Essequibo, que é da Guiana, e transformá-lo num estado venezuelano, sendo um destes são a modificação pelo Executivo do mapa oficial da Venezuela, que inclui o território de quase 160 mil quilômetros quadrados disputado pelos dois países.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e Irfaan Ali, presidente da Guiana, se encontrarão na quinta-feira, 21, para discutir a disputa sobre a região petrolífera de Essequibo. A reunião, intermediada pelo governo do país caribenho São Vicente e Granadinas, está marcada para 14 de dezembro, às 11h (de Brasília). O primeiro-ministro Ralph Gonsalves destacou a necessidade de desescalada do conflito e propôs o diálogo direto entre os líderes dos dois países envolvidos. O encontro será promovido pela Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e Caricom (Comunidade do Caribe), com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também convidado. Desde o início do conflito, o petista atua como mediador. A presença dele foi solicitada por guianenses e venezuelanos, mas o Palácio do Planalto ainda não confirmou a ida de Lula.

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Maduro, em comunicação via X (antigo Twitter), afirmou estar ativando a Diplomacia Bolivariana de Paz. Neste sábado, 9, o ditador da Venezuela conversou por telefone com Lula, que expressou preocupação sobre a disputa de Essequibo, enfatizando a importância de evitar medidas unilaterais que intensifiquem a situação. A Venezuela e a Guiana disputam Essequibo por mais de um século. Tensões recentes foram acentuadas após um referendo polêmico conduzido pelo governo Maduro, onde 95% dos votantes apoiaram a Venezuela como detentora legítima da região. Vários países, incluindo Rússia, Reino Unido, e Estados Unidos, pediram uma solução pacífica para as tensões.

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