Consumo global de petróleo levará até sete anos para voltar à normalidade

Agência Internacional de Energia prevê que o pico atingido em 2019 só será alcançado novamente entre 2023 e 2027, mediante recuperação rápida da economia

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2020 12h00
REUTERS/Brendan McDermid/File Photo Com o crescimento das energias renováveis, próxima década deve ser a última com aumento na demanda por petróleo

Nesta terça-feira (13), a Agência Internacional de Energia (AIE) apresentou o seu relatório anual de perspectivas. Segundo a instituição, no melhor dos cenários o consumo mundial de petróleo retornará ao pico atingido em 2019 até 2023. Caso não aconteça uma rápida recuperação econômica, que eleve o PIB global, a previsão passa a ser 2027. A agência acredita, ainda, que os próximos dez anos serão os últimos de crescimento na demanda por esse produto.

A previsão está baseada, entre outros fatores, nas vendas de carros elétricos, que devem aumentar de 2,3 milhões para 50 milhões de unidades, e no investimento em eletricidade limpa, que provavelmente irá de US$ 380 bilhões para US$ 1,6 trilhão. A produção de hidrogênio também só tende a crescer, de 0,45 milhão de toneladas neste ano para 40 milhões em 2030.

No entanto, o diretor-geral da AIE, Fatih Birol, salientou que são necessárias atitudes por parte dos governos para evitar que o consumo de petróleo volte a aumentar. Para ele, ao longo da próxima década é preciso favorecer as energias renováveis em detrimento dos combustíveis fósseis  para que a humanidade atinja um volume zero de emissões líquidas de dióxido de carbono (CO2) até 2050 – o que limitaria o aquecimento global a 1,5º C.

Sobre a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, Birol afirmou que ela perturbou o setor energético mais do que qualquer outro evento na história. A demanda por energia em geral cairá 5% em 2020, com a queda de 8% do consumo do petróleo, 7% do carvão e 3% do gás natural.

*Com informações da agência EFE

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