América do Sul tem mais de 58 mil pessoas infectadas pelo coronavírus

Brasil registra o maior número de casos confirmados

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2020 19h06 - Atualizado em 15/04/2020 19h10
EFE/Elvis González Chile adotou uma quarentena parcial, enquanto Argentina e Uruguai, por exemplo, estão com isolamento decretado em todo o país

A América do Sul já registra mais de 58 mil pessoas infectadas pelo novo coronavírus. O Brasil é o país mais afetado da região, com mais de 28 mil casos confirmados. O Peru está em segundo lugar, com mais de 10 mil infectados. Chile aparece em terceiro lugar, com mais de 8 mil casos.

O Equador, cujo sistema de saúde e os serviços funerários estão colapsados, é o país com maior taxa de letalidade na América do Sul, com 21 mortos por Covid-19 para cada milhão de habitantes. O Brasil, com 7,4 mortes a cada milhão de habitantes aparece em terceiro lugar, depois da Guiana, com índice de 7,7, segundo o mapa em tempo real da doença, desenvolvido pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas (CSSE) da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

Depois do Brasil, aparecem Peru (7,1), Chile (5,0), Colômbia (2,5) Argentina e Bolívia (2,4), Uruguai (2,2), Suriname (1,7), Paraguai (1,1) e Venezuela (0,3).

Os cálculos foram feitos com os dados oficiais de mortos pelo novo coronavírus em cada país. No entanto, sabe-se que muitas regiões apresentam subnotificação dos dados.

Chile

O Chile, que tem uma população de 18,7 milhões de habitantes, adotou como política uma ampla testagem para diagnóstico da população. Até agora, foram realizados 91.873 testes, com 8.273 mil casos confirmados e 95 mortes. O país declarou estado de catástrofe no dia 18 de março.

O país adquiriu quase um milhão de testes, que devem começar a ser utilizados a partir da próxima sexta-feira (17).

Na manhã de hoje (15), a subsecretária de Saúde Pública, Paula Daza, divulgou o último balanço da doença no país, que mostra que 2.937 pessoas já estão recuperadas. O Chile tem atualmente 577 ventiladores disponíveis.

Pressionado por prefeitos que questionam as quarentenas parciais e pedem isolamento total, o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, afirmou que está atuando com cautela, pois não se sabe ainda os impactos que tais medidas teriam em cada comunidade.

“As pessoas sofrem, elas passam fome”, disse o ministro, que defende que o isolamento não deve ser prolongado por muito tempo, já que nos locais que o decretaram indefinidamente, as pessoas não os cumpriram.

Argentina

A Argentina, que desde o dia 20 de março adotou a quarentena geral e obrigatória, tem 2.443 casos confirmados da doença e 109 mortes até o momento. O país tem uma população de 44,4 milhões de habitantes. A taxa de letalidade do vírus é de 2,4%.

A Argentina realizou, até o momento, 24.374 testes. De acordo com o governo, 4% das pessoas que ingressaram no país desde o início dos rigorosos controles nas fronteiras testaram positivo para a Covid-19.

Ainda de acordo com o governo, o distanciamento social massivo fez com que o pico da curva, que se esperava para a terceira semana de maio, fosse postergada para a primeira quinzena de junho.

Uma nova medida, em vigor a partir de hoje, é o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, comércios, bancos e outras agências de atendimento ao público, tanto para os clientes, quanto para os atendentes. Caso descumpram a orientação, fiscalizada pela Polícia, os argentinos serão multados.

Uruguai

No Uruguai são 492 casos confirmados de infecção e 8 mortes por coronavírus. O país tem uma população de 3,5 milhões de habitantes. Há 14 pessoas em terapia intensiva e 80 profissionais da saúde infectados. Foram notificados 260 casos de pessoas recuperadas no país.

Um relatório do Sistema Nacional de Emergências (Sinae) afirma que, desde 13 de março, dia em que a emergência de saúde foi declarada, 9.929 exames foram processados, com 9.396 resultados negativos e 533 positivos. Apesar do número de testes positivos, são 492 infectados, mas alguns fizeram o teste mais de uma vez.

Entre as medidas anunciadas pelo governo uruguaio diante do avanço da pandemia estão a distribuição de máscaras nos ônibus; suspensão das aulas por tempo indeterminado; controle dos preços da cesta básica e de produtos de higiene e limpeza; suspensão de atividades sociais e apresentações públicas como cinemas, teatros, museus, cassinos e shoppings. O governo pede ainda que, na medida do possível, as empresas incentivem o trabalho remoto.

Nos próximos dias, o governo afirma que terá a possibilidade de testar os cidadãos sem que tenham que sair do carro.

* Com informações da Agência Brasil

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