Covid-19: Vacinação em massa só estará disponível em 2022, acredita OMS

Segundo Soumya Swaminathan, há “um longo processo de avaliação, licenciamento, fabricação e distribuição” dos compostos antes de iniciar a imunização

  • Por Jovem Pan
  • 09/09/2020 09h51 - Atualizado em 09/09/2020 09h52
Reprodução Sem a vacinação, segundo Swaminathan, "as pessoas devem ser disciplinadas", o que implica que devem continuar as medidas preventivas atuais

A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, não espera que possíveis vacinas contra a Covid-19 esteja disponíveis para a população mundial antes de dois anos, embora os primeiros grupos de risco eles possam ser imunizados até meados de 2021. Em sessão de perguntas e respostas pelas redes sociais nesta quarta-feira, 9, ela afirmou que o cenário mais otimista da organização é que a primeira chegada de vacinas a vários países aconteça em meados do próximo ano, quando deveria ser dada prioridade aos grupos de risco. “Muitos pensam que no início do próximo ano haverá uma panaceia que resolverá tudo, mas não será assim: há um longo processo de avaliação, licenciamento, fabricação e distribuição. É a primeira vez na história que precisamos de bilhões de doses de uma vacina”, disse a cientista-chefe da OMS.

Na seleção dos grupos prioritários para receber a vacina, a indiana disse que “os profissionais da saúde devem ser os primeiros, e assim que chegarem mais doses, os mais idosos devem ser alcançados, pessoas com outras doenças, para ir assim cobrindo cada vez mais população, um processo que levará alguns anos”, afirma. Enquanto isso, segundo Swaminathan, “as pessoas devem ser disciplinadas”, o que implica que devem continuar as medidas preventivas atuais, como distanciamento físico, uso de máscaras de proteção e higienização das mãos.  A cientista explicou ainda o funcionamento do COVAX, programa com o qual a OMS e outros organismos internacionais auxiliam financeiramente na pesquisa de vacinas contra a Covid-19 em troca de garantir sua distribuição no mundo, e não apenas nas nações mais ricas. Soumya Swaminathan destacou que cerca de 100 países em desenvolvimento poderiam se beneficiar desse programa e que mais de 70 manifestaram interesse em participar.

*Com Agência EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.