Cuba continua no escuro após apagão total que paralisou economia e deixa 10 milhões sem energia

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que o governo trabalha ‘com absoluta prioridade’ para restabelecer a energia o mais rápido possível, mas não deu previsão de quando ela retorna

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2024 08h26 - Atualizado em 19/10/2024 08h31
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EFE/ Ernesto Mastrascusa Cuba paraliza la actividad laboral estatal no esencial debido a la crisis energética O presidente culpou o embargo econômico dos EUA, por dificultar a importação de combustível

Um apagão atingiu e segue afetando nesta sexta-feira (18) e no sábado (19), todo o território de Cuba, após uma falha na maior usina do país. Segundo o governo, a ilha está em “emergência energética”. As atividades das estatais foram suspensas e 10 milhões de pessoas estão no escuro – quase a totalidade da população de 11 milhões de habitantes. O país enfrenta uma crise energética há pelo menos três meses, com várias províncias registrando apagões de até 20 horas nas últimas semanas. Segundo o diretor-geral de eletricidade do Ministério de Energia e Minas, Lázaro Guerra, o sistema elétrico entrou em colapso total após a central termoelétrica Antonio Guiteras parar de funcionar. “Parou tudo”, disse.

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O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que o governo trabalha “com absoluta prioridade” para restabelecer a energia o mais rápido possível, mas não deu previsão de quando a energia retorna. Ele suspendeu o comércio e os serviços não essenciais por três dias. O presidente culpou o embargo econômico dos EUA, por dificultar a importação de combustível. “A causa principal é a guerra econômica, a perseguição financeira e energética dos EUA”, disse. O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, disse que o governo não teve outra escolha a não ser “paralisar a economia”. Em discurso televisionado, ele também responsabilizou o embargo. “A falta de combustível é o principal fator”, disse o premiê, em uma aparição ironicamente cortada por falhas técnicas. “Apesar dos apagões, ainda estamos longe do abismo.”

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte

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