Diante de Zelensky, Lula condena violação da integração territorial da Ucrânia e uso da força

Presidente brasileiro discursou no painel ‘Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero’, do G7, onde defendeu a paz

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2023 11h08
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Ricardo Stuckert/PR/Divulgação Encontro do G7 Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Sessão de trabalho do G7 + países convidados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou “a violação da integração territorial da Ucrânia” e disse repudiar “uso da força como meio de resolver disputas”. Em discurso diante do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, neste domingo, 21, o líder brasileiro lamentou aumento dos combates, “do sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares”, e defendeu a paz. “Nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo. Precisamos trabalhar para criar o espaço para negociações”, afirmou em pronunciamento no painel “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”. Como o site da Jovem Pan mostrou, Lula e Zelensky fariam uma reunião bilateral neste domingo, mas o encontro foi cancelado por incompatibilidade de agendas. “Acho que isso o desapontou”, disse o líder ucraniano a jornalistas.

Lula também condenou em seu pronunciamento as armas nucleares, consideradas por ele “instrumento de extermínio em massa que nega nossa humanidade e ameaça a continuidade da vida na Terra”. Em Hiroshima, o mandatário disse considerar o local propício para “uma reflexão sobre as catastróficas consequências de todos os tipos de conflito” e exaltou: “Hoje, o risco de uma guerra nuclear está no nível mais alto desde o auge da Guerra Fria”. “Em 1945, a ONU foi fundada para evitar uma nova Guerra Mundial. Mas os mecanismos multilaterais de prevenção e resolução de conflitos já não funcionam. (…) Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso”, afirmou. Ele também voltou a defender uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, com a inclusão de novos membros permanentes, e a criticar a existência de “alianças excludentes”. “É inadiável reforçar a ideia de que a cooperação, que respeite as diferenças, é o caminho correto a seguir”, concluiu.

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