Diretor da CIA fez viagem ‘secreta’ à China em maio, diz imprensa americana

Segundo veículos locais, objetivo da ida a Pequim era destravar as relações entre os países, estremecidas após o episódio do suposto balão espião chinês

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2023 07h39 - Atualizado em 04/06/2023 07h41
Mandel NGAN / AFP William Burns CIA Visita de Burns coincidiu com os contatos das autoridades dos países para diminuir as tensões nas últimas semanas

O diretor da CIA, William Burns, fez uma viagem secreta à China em maio, a primeira ao país asiático desde que assumiu o cargo. As informações foram divulgadas pela imprensa americana nesta sexta-feira, 2. Segundo um funcionário do governo dos Estados Unidos ouvido pela NBC News, Burns foi a Pequim para reunir-se com autoridades chinesas, com o objetivo de “enfatizar a importância de manter abertas as linhas de comunicação e os canais de inteligência”. Outro funcionário disse à CNN que a viagem não era uma missão diplomática, mas sim relacionada a contatos de inteligência. A visita coincidiu com os contatos das autoridades dos países para diminuir as tensões nas últimas semanas, especialmente após um suposto balão espião chinês ter sido detectado cruzando o continente americano no final de janeiro.

Na última semana, Wang Wentao, ministro do Comércio da China, reuniu-se com Gina Raimondo, secretária do Comércio dos EUA, e com a representante comercial Katherine Tai em Washington e Detroit, respectivamente. Em maio, houve outro encontro entre autoridades do país, com o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reunindo-se com o diplomata-chefe da China, Wang Yi, em Viena, como um sinal de aproximação. Mesmo com as tentativas, o Pentágono confirmou que a China rejeitou uma proposta dos EUA de realizar um encontro presencial entre Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, e Li Shangfu, ministro chinês na mesma área, durante um fórum em Singapura.  Um dia depois, o Departamento de Defesa americano alegou que, no final de maio, um caça chinês realizou manobras “desnecessárias” e “agressivas” para interceptar uma aeronave de reconhecimento dos EUA no Mar do Sul da China

*Com informações da EFE

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